5 maneiras inteligentes de usar seu fgts com a caixa
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), um dos principais benefícios trabalhistas no Brasil, foi criado para proteger o trabalhador em situações como demissão sem justa causa ou aposentadoria. Entretanto, com o avanço de programas da Caixa Econômica Federal e novas modalidades de saque, o FGTS evoluiu, tornando-se uma ferramenta valiosa de planejamento financeiro.
Instituído em 1966, o FGTS tem como principal função amparar o trabalhador formal. Mensalmente, o empregador deposita 8% do salário do funcionário em uma conta vinculada na Caixa Econômica Federal. O montante acumulado pode ser acessado em circunstâncias específicas, como demissão sem justa causa, aposentadoria, aquisição de moradia própria, doenças graves ou calamidades públicas. Mesmo sem saque, o saldo rende juros anuais e atualização monetária.
Além de ser uma reserva compulsória, o FGTS pode se converter em capital de investimento. Utilizá-lo de maneira planejada pode auxiliar na conquista de bens, no pagamento de dívidas ou no início de uma jornada de investimentos.
As principais modalidades de saque incluem o saque-rescisão, que permite ao trabalhador retirar todo o saldo em caso de demissão sem justa causa, além de receber uma multa de 40% paga pelo empregador. Ideal para quem precisa se reestruturar financeiramente após a perda do emprego, exige planejamento para evitar gastos impulsivos.
Outra modalidade é o saque-aniversário, que possibilita o saque de parte do saldo anualmente, no mês de aniversário do trabalhador. Embora ofereça acesso ao dinheiro sem sair do emprego, a adesão implica a perda do direito ao saque integral em caso de demissão sem justa causa, recebendo apenas a multa de 40%. Uma estratégia inteligente é usar o saque-aniversário como investimento recorrente, aplicando o valor em opções como Tesouro Direto ou fundos de investimento.
O saque por calamidade, disponível em desastres naturais reconhecidos pelo governo, permite o acesso ao FGTS para auxiliar na reconstrução de moradias ou reposição de bens essenciais. Essa modalidade deve ser acionada somente em emergências, evitando comprometer recursos que poderiam gerar rendimento futuro.
Uma das formas mais vantajosas de utilizar o FGTS é na compra da casa própria. O valor pode ser usado para comprar, construir ou amortizar o saldo devedor de um imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH). É necessário que o imóvel esteja localizado no mesmo município onde o trabalhador reside ou trabalha, possuir pelo menos três anos de vínculo sob o regime do FGTS e que o imóvel seja de uso residencial próprio, sem outro financiamento ativo no SFH. Usar o FGTS para entrada ou amortização reduz o valor total pago e diminui os juros do financiamento.
O FGTS também pode ser utilizado para quitar dívidas imobiliárias ou reduzir o saldo devedor de um financiamento em andamento. É possível usar o saldo a cada dois anos para diminuir até 80% do valor das prestações por 12 meses consecutivos, oferecendo fôlego financeiro e auxiliando na reorganização do orçamento.