Taxa Referencial (TR): O que é, e como funciona

A Taxa Referencial (TR) é um termo bastante familiar para muitos brasileiros, principalmente para aqueles que têm alguma aplicação financeira, como a poupança, ou que lidam com financiamentos imobiliários.

No entanto, apesar de ser amplamente utilizada em diversos contextos financeiros, nem todos sabem exatamente o que ela é, como é calculada e qual seu impacto nos investimentos e nas operações de crédito.

Neste artigo, vamos explicar o que é a TR, como ela funciona e de que maneira pode influenciar sua vida financeira.

O que é a TR?

A TR foi criada na década de 1990 com o objetivo de ser uma taxa de juros de referência para o Brasil, em um período marcado pela alta inflação e pela instabilidade econômica. Sua principal função era servir como parâmetro para os juros praticados no país, de forma similar ao que a taxa Selic representa atualmente.

Nos anos seguintes, após a estabilização econômica proporcionada pelo Plano Real, a TR passou a ser utilizada principalmente como um indicador para a atualização monetária de diversas aplicações financeiras e operações de crédito.

Embora outros indicadores, como o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), tenham ganhado importância ao longo do tempo, a TR ainda é utilizada como referência para alguns produtos financeiros populares no Brasil, como a caderneta de poupança e o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Por quê a TR foi criada?

Durante o governo Collor, o país vivia uma grave crise econômica, com a inflação de 1990 atingindo níveis alarmantes de 1.476%. O principal objetivo da criação da TR foi combater essa inflação descontrolada e a indexação dos preços e salários, que se tornava um obstáculo ao crescimento econômico sustentável.

A TR foi inserida no Plano Collor II, que visava estabilizar a economia brasileira e controlar a alta inflação, que impactava diretamente o poder de compra da população. Uma das primeiras medidas para isso foi modificar o cálculo da rentabilidade da caderneta de poupança, principal forma de poupança da população brasileira.

O papel da TR não se limitava apenas a corrigir a poupança, mas também a servir como parâmetro para outras importantes variáveis econômicas do país, como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a correção de saldos devedores de financiamentos imobiliários. A criação dessa taxa representou, portanto, uma tentativa de modernizar a forma como a economia brasileira se ajustava à inflação, movendo-se para um sistema menos dependente da indexação automática de preços e mais orientado para as expectativas futuras de inflação.

Essa mudança tinha a intenção de estabilizar as finanças pessoais dos brasileiros, ao mesmo tempo em que buscava garantir um controle mais eficaz da inflação no país.

Como a TR impacta os investimentos e financiamentos

A TR tem impacto direto sobre os investimentos e financiamentos de muitos brasileiros, especialmente os que utilizam produtos atrelados à correção monetária. Vamos entender como a TR afeta cada uma dessas áreas:

Poupança

A remuneração da poupança está diretamente ligada à TR. Quando a taxa varia, o rendimento da caderneta de poupança também é alterado. Para os depósitos realizados após agosto de 2012, a rentabilidade é de 0,5% ao mês mais a variação da TR, caso a Selic esteja acima de 8,5% ao ano.

Se a Selic estiver abaixo de 8,5%, o rendimento é de 70% da Selic mais a variação da TR. Para as poupanças anteriores a essa data, o sistema permanece com 0,5% ao mês mais a variação da TR.

Portanto, a TR tem um papel importante no rendimento da poupança, que pode variar de acordo com a sua variação mensal, impactando diretamente a rentabilidade do investidor. A taxa de juros praticada pelo governo e a variação da TR podem fazer com que o retorno da poupança seja muito baixo em alguns períodos.

FGTS

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é outro exemplo de aplicação financeira vinculada à TR. O dinheiro depositado na conta do FGTS é remunerado com 3% ao ano mais a variação da TR.

Assim, quando a TR sobe, o retorno financeiro do trabalhador também é impactado. Embora a rentabilidade do FGTS seja fixa, a variação da TR pode afetar positivamente ou negativamente o saldo acumulado no fundo, dependendo de sua oscilação.

Títulos de capitalização

Os títulos de capitalização também são frequentemente atualizados pela TR. Embora não sejam considerados uma forma eficiente de investimento, muitos brasileiros optam por eles por causa dos sorteios e pela promessa de prêmios.

No entanto, os rendimentos desses títulos são limitados pela TR, o que pode tornar seu retorno financeiro bem abaixo das expectativas, principalmente se a taxa estiver baixa. Ao contrário da poupança, que sempre paga um valor fixo de juros mais a TR, os títulos de capitalização não garantem uma rentabilidade adicional.

Financiamento imobiliário

Nos contratos de financiamento imobiliário, a TR pode ser utilizada para a atualização do saldo devedor. Isso significa que, além dos juros pagos pelo financiamento, o valor devedor também pode ser corrigido de acordo com a variação da TR.

Essa atualização pode fazer com que o montante a ser pago pelo tomador de crédito aumente, dependendo de como a TR oscilar. Embora outros índices, como o INCC (Índice Nacional de Custo de Construção) e o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), também sejam utilizados para correção, a TR ainda é aplicada em muitos contratos.

Como funcionava a poupança antes da TR?

Antes da implementação da TR, a rentabilidade da poupança estava diretamente vinculada aos índices de preços do passado, um modelo que, embora tenha sido eficaz em alguns momentos, acabou criando um ciclo vicioso. Esse sistema, ao corrigir os valores da poupança com base na inflação passada, acabou por alimentar a inflação futura.

Em vez de contribuir para a estabilidade econômica, a correção com base em índices de preços causava um aumento contínuo dos preços e uma instabilidade nos investimentos. Portanto, era necessário um novo sistema que evitasse esse círculo vicioso, garantindo uma correção mais condizente com a realidade econômica e as perspectivas futuras.

Com a introdução da TR, o cálculo da rentabilidade da poupança passou a ser feito com base em uma taxa de juros praticada pelo mercado financeiro, que inclui as expectativas para a inflação futura. Nesse novo sistema, a caderneta de poupança passou a ter uma rentabilidade de 0,5% ao mês, mais a TR. Esse modelo foi considerado mais eficaz, pois oferecia uma correção mais próxima da realidade econômica do momento e das expectativas de inflação para os meses seguintes.

No entanto, em 2012, o governo da então presidente Dilma Rousseff fez uma importante mudança na rentabilidade da poupança. Com isso, quando a taxa Selic caísse abaixo de 8,5% ao ano, a rentabilidade da poupança passou a ser de 70% da Selic, além da TR.

Como a TR se aplica aos títulos públicos?

Os títulos públicos são investimentos emitidos pelo governo federal e representam uma forma de o Estado captar recursos, oferecendo aos investidores uma remuneração, geralmente maior que a da Poupança, e com o benefício da segurança. Essa modalidade de investimento é muito procurada por aqueles que desejam uma rentabilidade estável, mas com menor risco em comparação com outros ativos de mercado.

Entre os títulos públicos disponíveis, a Taxa Referencial (TR) teve um papel importante no passado, mas atualmente sua aplicação nos títulos públicos foi modificada.

Historicamente, alguns títulos públicos, como os NTN-H e NTN-P, tinham suas rentabilidades atreladas à TR, o que significava que o valor final de rendimento desses títulos era influenciado pela variação da Taxa Referencial ao longo do tempo. Isso trazia aos investidores uma rentabilidade que, em alguns momentos, poderia ser interessante, mas também estava sujeita às flutuações dessa taxa.

Porém, com o passar dos anos e mudanças na política econômica do país, o governo decidiu não oferecer mais esses títulos que dependiam diretamente da TR. Ainda assim, alguns investidores que adquiriram esses títulos no passado continuam a manter em suas carteiras, mas a TR não é mais um fator determinante para os títulos públicos atuais.

Embora a TR não seja mais aplicada diretamente nos novos títulos públicos, o governo oferece várias alternativas de investimentos rentáveis, que podem se adequar ao perfil de diferentes investidores. Veja a seguir algumas das opções mais populares:

Tesouro Prefixado (LTN): Um dos títulos mais clássicos do Tesouro Direto, no qual o investidor sabe exatamente qual será a rentabilidade no final do período do investimento, pois ela é determinada por uma taxa fixa.

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F): Essa variação do Tesouro Prefixado também possui uma taxa fixa, mas oferece ao investidor o pagamento dos juros semestralmente, o que pode ser vantajoso para quem busca uma renda periódica.

Tesouro IPCA (NTN-B Principal): Este título é híbrido e combina uma taxa prefixada com uma taxa pós-fixada, que está atrelada à variação do IPCA, o índice de preços ao consumidor. Ele oferece proteção contra a inflação e pode ser uma ótima opção para quem busca ganhos reais.

Tesouro IPCA com Juros Semestrais (NTN-B): Uma variação do Tesouro IPCA, mas que paga juros semestralmente, permitindo ao investidor um retorno mais frequente, sem perder a proteção da inflação.

Tesouro Selic (LFT): Título pós-fixado que segue a taxa Selic. Sua rentabilidade pode variar, mas é uma ótima opção para quem busca segurança e liquidez, pois ele acompanha diretamente a taxa de juros básica da economia.

Como a TR é definida e calculada?

O processo de cálculo da Taxa Referencial (TR) começa com a definição de um indicador fundamental: a Taxa Básica Financeira (TBF). A TBF é a base para o cálculo da TR, sendo essencial para determinar o valor final da taxa. Antigamente, a TBF era calculada a partir da média das taxas de juros de CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) e RDBs (Recibos de Depósitos Bancários) prefixados.

Esses instrumentos eram os mais utilizados para definir as taxas de juros no mercado financeiro. Contudo, desde 2018, houve uma mudança na metodologia de cálculo, passando a utilizar as taxas de juros dos títulos públicos prefixados do Tesouro Nacional (as LTNs – Letras do Tesouro Nacional).

Essa mudança no cálculo da TBF reflete as transformações no mercado financeiro, que ao longo dos anos viu um declínio no uso de CDBs e RDBs e um aumento na relevância dos títulos públicos como referência de rentabilidade. No novo modelo, o cálculo da TBF considera as taxas de juros praticadas no mercado secundário, onde os investidores compram e vendem esses títulos entre si, e não diretamente com o Tesouro Nacional.

O mercado secundário é agora o parâmetro principal para calcular a TBF, tornando-a uma medida mais representativa das condições econômicas e financeiras atuais.

Após a definição da TBF, o Banco Central aplica um redutor para chegar ao valor final da TR. Esse redutor é um fator que garante que a TR seja sempre um pouco inferior à TBF, o que mantém a TR em um nível mais conservador. Esse ajuste foi adotado para minimizar flutuações excessivas e garantir que a TR seja mais estável, adaptando-se às condições do mercado financeiro.

Apesar dessa mudança na metodologia de cálculo, o valor final da TR permaneceu praticamente inalterado para o público em geral, sem grandes efeitos para investidores ou financiamentos imobiliários atrelados à taxa. Em resumo, o processo de cálculo da TR, embora tenha sido atualizado para refletir as mudanças do mercado, manteve a sua função principal de ajustar a rentabilidade de diferentes instrumentos financeiros de maneira conservadora.

Histórico da taxa referencial (TR)

Desde a sua criação, a Taxa Referencial passou por variações expressivas. Nos primeiros anos, a TR alcançou patamares altíssimos devido à inflação descontrolada, com a taxa atingindo 2.474% em 1993. Esses números refletem a gravidade da situação econômica do país na época e a necessidade urgente de controles financeiros mais eficazes.

A partir de 1994, com a implementação do Plano Real, a inflação foi controlada, e a TR começou a cair, refletindo a estabilidade crescente da economia brasileira. A taxa ainda manteve números elevados, mas de forma progressivamente mais moderada, atingindo valores mais baixos à medida que a economia se estabilizava.

Com o passar dos anos, a TR continuou sua trajetória de declínio, atingindo níveis próximos de zero entre 2018 e 2020. Essa diminuição foi uma consequência da redução da inflação e da diminuição das taxas de juros. No entanto, a taxa referencial voltou a crescer levemente em 2021 e 2022. O histórico da TR ilustra as flutuações da economia brasileira e o impacto direto que a taxa tem sobre o mercado financeiro e o poder de compra da população.

Histórico da TR (Taxa Referencial Acumulada) de 1991 a 2023:

Ano
Taxa Referencial Acumulada
1991
335,52%
1992
1.156,22%
1993
2.474,74%
1994
950,82%
1995
31,54%
1996
9,59%
1997
9,79%
1998
7,79%
1999
5,73%
2000
2,10%
2001
2,29%
2002
2,80%
2003
4,65%
2004
1,82%
2005
2,83%
2006
2,04%
2007
1,45%
2008
1,63%
2009
0,71%
2010
0,69%
2011
1,21%
2012
0,29%
2013
0,19%
2014
0,86%
2015
1,80%
2016
2,01%
2017
0,60%
2018
0,00%
2019
0,00%
2020
0,00%
2021
0,05%
2022
1,31%
2023
2,02%

Por que a taxa referencial fica zerada?

Ao longo do tempo, especialmente após 1995, essa taxa perdeu muito do seu valor. A partir desse momento, ela começou a perder relevância devido à queda dos juros de mercado, o que resultou em uma redução contínua da TR. Essa dinâmica pode gerar a situação em que a TR fica zerada, ou seja, não há variação em seu valor em determinado período.

Mas o que exatamente provoca essa situação? Vamos explorar as causas e implicações dessa taxa zerada e seu impacto na economia.

Uma das principais causas que podem levar a TR a ficar zerada é a evolução da inflação no país. Quando a inflação está sob controle e os juros de mercado caem, o Banco Central pode optar por manter a taxa de juros baixa, o que resulta em uma TR zerada.

Outra possível razão é a estabilidade cambial. Em momentos de estabilidade econômica, o Banco Central pode decidir que uma taxa de juros baixa é mais apropriada para estimular a economia. Além disso, a política monetária do Banco Central desempenha um papel crucial nesse processo. Quando o governo adota uma política monetária expansionista, a TR pode se aproximar de zero para incentivar o crescimento econômico e a atividade financeira no país.

Impacto da TR zerada na Economia

Quando a TR fica zerada, isso pode ter vários impactos na economia. Por um lado, taxas de juros baixas podem facilitar o acesso ao crédito. Com isso, empresas e consumidores conseguem obter empréstimos e financiamentos com condições mais favoráveis, o que tende a estimular a economia.

Essa situação pode incentivar o crescimento de novos negócios, aumentar o consumo e gerar mais empregos. Além disso, uma taxa de juros baixa também torna mais atrativo para os investidores colocarem seu dinheiro em ativos financeiros, como ações, títulos e outros investimentos, o que resulta em maior movimentação financeira no país.

Uma consequência desse fenômeno pode ser o que é conhecido como bull market. Esse termo se refere a uma valorização generalizada dos ativos financeiros no mercado, o que, por sua vez, pode gerar um ciclo de crescimento econômico. Essa valorização ocorre porque os investidores se sentem mais seguros ao fazerem investimentos, já que as condições econômicas são mais favoráveis. Portanto, a TR zerada não é apenas uma questão técnica relacionada à taxa de juros, mas tem repercussões significativas no comportamento dos investidores e no mercado financeiro como um todo.

Diferença entre TR Diária e TR Mensal

A Taxa Referencial pode ser calculada de diferentes formas, dependendo do tipo de contrato financeiro. TR diária e TR mensal são duas variações dessa taxa que desempenham papéis distintos no sistema financeiro. A TR diária é calculada com base na variação diária da taxa de juros e é comumente usada em contratos de curto prazo, como empréstimos pessoais.

Esses contratos possuem um prazo menor, e a taxa diária serve como uma referência para os juros aplicados.

Por outro lado, a TR mensal é calculada com base na média das variações diárias da taxa ao longo do mês e serve como referência para contratos de médio e longo prazo. Tais contratos podem ser relacionados a financiamentos imobiliários, de veículos ou até mesmo empréstimos com prazos mais extensos.

A principal diferença entre essas duas taxas está no período de cálculo. Ou seja, a TR diária é voltada para financiamentos rápidos, enquanto a TR mensal se aplica a contratos de maior duração, refletindo variações mais consistentes na economia.

Como investir da forma mais rentável?

Embora a TR (Taxa Referencial) tenha perdido relevância nos investimentos em títulos públicos, isso não significa que o mercado de títulos públicos esteja desinteressante ou com rentabilidade baixa. Pelo contrário, existem diversas opções de investimentos rentáveis e seguras, ajustadas para diferentes perfis de investidores.

Para escolher o título mais adequado às suas necessidades, é crucial entender as características de cada tipo de título, suas vantagens, desvantagens e como eles reagem em diferentes cenários econômicos.

Existem ferramentas como comparadores de investimentos gratuitos, que podem ser extremamente úteis para facilitar a escolha do melhor título público, levando em consideração a rentabilidade histórica e as condições atuais do mercado, como taxa de juros e inflação. Isso ajuda o investidor a visualizar as opções de forma mais clara e a tomar decisões informadas, maximizando os ganhos a longo prazo.

Abaixo, listamos algumas das opções de títulos públicos mais rentáveis atualmente e como elas podem se encaixar nos seus objetivos financeiros.

  • Tesouro Prefixado (LTN)
  • Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F)
  • Tesouro IPCA (NTN-B Principal)
  • Tesouro IPCA com Juros Semestrais (NTN-B)
  • Tesouro Selic (LFT)

Como maximizar seus ganhos?

Para obter o melhor retorno possível, é importante pesquisar e comparar as opções de títulos públicos disponíveis, sempre levando em conta seus objetivos financeiros, o prazo de investimento e o seu perfil de risco. Aqui estão algumas dicas para investir de forma mais rentável:

Utilize comparadores gratuitos: Essas ferramentas ajudam a visualizar e comparar a rentabilidade histórica de diversos títulos, facilitando a escolha do mais vantajoso para o momento econômico atual.

Fique atento ao cenário econômico: Taxa de juros e inflação afetam diretamente a rentabilidade dos títulos. Fique de olho nas projeções econômicas para escolher os títulos mais rentáveis no momento.

Diversifique sua carteira: Para mitigar riscos, é interessante diversificar os investimentos, escolhendo diferentes tipos de títulos com prazos e rentabilidades variadas.

Avalie o prazo de vencimento: Títulos com prazos mais longos tendem a oferecer rentabilidades maiores, mas também possuem maior volatilidade. Ajuste sua estratégia conforme seu perfil de investidor.

Conclusão

A Taxa Referencial (TR) tem um impacto significativo sobre diversos produtos financeiros, como a poupança, o FGTS, os títulos de capitalização e os financiamentos imobiliários. Ela pode afetar diretamente o rendimento de investimentos e o valor a ser pago em dívidas, dependendo da sua variação.

Embora a TR tenha perdido força em comparação com outros índices, ela ainda é um indicador importante para quem lida com a poupança ou com financiamentos de longo prazo. Portanto, é fundamental estar atento à TR, pois ela pode afetar o planejamento financeiro de forma significativa.

Perguntas Frequentes

O que é taxa referencial?

A taxa referencial (TR) é a taxa de juros de referência utilizada para determinar o rendimento de diversas modalidades de investimentos no Brasil. Criada em 1991, ela tem um papel importante no cálculo de rendimento de poupança e outros investimentos indexados a essa taxa. Embora tenha se tornado menos relevante ao longo dos anos devido à inflação e outras taxas de mercado, ainda é um importante índice econômico no país.

Como calcular a taxa referencial?

A taxa referencial é calculada com base em uma fórmula específica: R = a + b x TBF
Onde:

  • R é o redutor
  • a é um valor fixo igual a 1,005 (valor definido na criação da TR)
  • b depende do valor da TBF e é divulgado pelo Banco Central
  • TBF é a Tarifa Básica Financeira
    Após calcular o redutor, basta substituir os valores na fórmula da TR:
    TR = 100 x {[(1 + TBF ÷ 100) ÷ R] – 1}
    Com esses cálculos, é possível determinar o valor exato da TR para o período em questão.
Qual o valor da taxa referencial hoje?

Atualmente, a taxa referencial é de 0,04%, referente ao mês de novembro de 2023. Esse valor é o índice que se aplica ao cálculo de rendimento de poupança e outros investimentos atrelados à TR, refletindo a taxa de juros vigente no período mencionado.

Para que serve a TR?

A TR serve principalmente como uma taxa de referência utilizada para calcular o rendimento de determinados investimentos no Brasil. Ela foi criada para desindexar a economia e combater a hiperinflação nos anos 1990. A TR atua como parâmetro para a taxa de juros do país, funcionando de forma semelhante à taxa Selic, e influenciando a rentabilidade de vários tipos de aplicação financeira.

O que é a taxa TJLP?

A Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) é uma taxa de juros calculada com base em dois componentes: uma meta de inflação para os próximos doze meses, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e um prêmio de risco. A TJLP tem como função principal a definição das condições de empréstimos de longo prazo, especialmente no financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento econômico.

O que é IPCA e para que serve?

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é o indicador oficial da inflação no Brasil, medido mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ele tem como objetivo medir a variação dos preços de produtos e serviços no comércio voltados para o consumidor final. O IPCA é fundamental para ajustar políticas econômicas e é utilizado para correção de contratos financeiros e de crédito.

O que é taxa de juros selic?

A Taxa Selic é a taxa básica de juros que o Governo Federal paga pelo empréstimo de recursos, e serve como parâmetro para as outras taxas de juros da economia. A Selic é composta por duas partes:

  • Taxa Selic Meta, definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária), que serve como balizador das taxas de juros do país.
  • Taxa Selic Over, utilizada nos empréstimos interbancários de curta duração. A Selic impacta diretamente a economia, influenciando o custo do crédito e a rentabilidade de diversos investimentos.
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