Inteligência artificial identifica duas possíveis cavernas na Lua

IA da Universidade de Kent identifica duas possíveis cavernas na Lua que podem servir como abrigos naturais para futuras missões espaciais.

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Uma pesquisa da Universidade de Kent revelou um avanço impressionante na exploração lunar. O doutorando Daniel Le Corre utilizou um sistema de inteligência artificial (IA) chamado ESSA (Entrances to Sub-Surface Areas) para identificar duas possíveis entradas de cavernas na Lua, que podem servir como abrigos naturais para futuras missões espaciais humanas.

O modelo analisou imagens de satélite da NASA e, mesmo cobrindo menos de 0,3% da superfície lunar, encontrou dois locais promissores: o Poço South Marius Hills e o Poço Bel’kovich A. O primeiro está em uma região rica em tubos de lava, enquanto o segundo, próximo ao polo norte lunar, pode conter gelo de água — recurso essencial para sustentar vida e produzir combustível.

Segundo Le Corre, o ESSA alcançou taxas de precisão superiores a 90%, tornando possível analisar grandes volumes de dados espaciais de forma muito mais rápida que o trabalho manual. Ele destaca que essa tecnologia pode revolucionar a busca por cavernas lunares, que oferecem proteção natural contra radiação, meteoritos e variações extremas de temperatura.

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Essas estruturas subterrâneas poderiam manter temperaturas estáveis em torno de -20°C, além de possuir centenas de metros de diâmetro, criando condições ideais para bases lunares no futuro. A descoberta surge em um momento estratégico, com o programa Artemis, da NASA, se preparando para retornar humanos à Lua e estabelecer habitações permanentes.

As novas entradas identificadas poderão integrar o Atlas de Poços Lunares e se tornar alvos prioritários para futuras missões robóticas e humanas, aproximando cada vez mais a possibilidade de vida sustentável na Lua.

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