Governo cobra devolução de auxílio emergencial

Governo inicia cobrança de devolução de auxílio emergencial recebido indevidamente por quase 180 mil famílias durante a pandemia.

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O governo federal iniciou a cobrança de devolução do Auxílio Emergencial recebido indevidamente por quase 180 mil famílias, totalizando aproximadamente 500 milhões de reais pagos a pessoas que não tinham direito ao benefício durante a pandemia. A medida busca regularizar os valores pagos fora dos critérios estabelecidos e garantir que os recursos retornem aos cofres públicos.

As notificações sobre a devolução do auxílio emergencial estão sendo enviadas por diferentes canais, incluindo SMS, WhatsApp, e-mail e o aplicativo oficial do governo. A comunicação orienta os beneficiários sobre os procedimentos para ressarcimento, apresentação de defesa ou recurso, além de alertar sobre a importância de evitar golpes, já que o governo não envia links externos ou boletos de cobrança. Todos os pagamentos devem ser realizados exclusivamente pelo sistema oficial do Ministério do Desenvolvimento Social.

Alguns grupos estão isentos da cobrança, como os beneficiários do Bolsa Família inscritos no CadÚnico que receberam menos de R$1800, famílias com renda de até dois salários mínimos e até três salários mínimos. Apesar das exceções, mais de 8,77 mil famílias foram identificadas como não elegíveis e devem devolver quase 48,30 milhões de reais à União.

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O Ministério do Desenvolvimento Social reforça que a ação não tem caráter punitivo imediato, mas sim de regularização. Quem não apresentar justificativas ou não efetuar a devolução poderá enfrentar consequências legais, incluindo a inscrição do nome nos órgãos de proteção ao crédito e no Cadin, além de outras medidas previstas em lei. O governo enfatiza que a transparência e o uso correto dos recursos públicos são prioridades, e a iniciativa visa corrigir irregularidades verificadas após auditorias e cruzamento de dados dos beneficiários.

Especialistas em direito administrativo recomendam que os cidadãos notificados acompanhem os canais oficiais, guardem comprovantes e, em caso de dúvidas, procurem orientação diretamente no sistema do Ministério. Essa abordagem permite que a população regularize a situação de forma segura e evite transtornos futuros, preservando a integridade financeira pessoal e a credibilidade do programa.

A ação também serve como alerta para a importância da responsabilidade na utilização de benefícios públicos, mostrando que o acompanhamento das regras e critérios é essencial para manter o equilíbrio fiscal e garantir que os auxílios cheguem a quem realmente precisa. O governo continua monitorando os dados e reforça a comunicação com os beneficiários para reduzir irregularidades e fortalecer a transparência.

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