Vírus no WhatsApp se espalha rapidamente e tem o Brasil como principal alvo

Novo vírus no WhatsApp se espalha pelo Brasil, atingindo empresas e usuários. Malware rouba dados e usa contatos para ampliar o ataque.

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Um novo vírus no WhatsApp está causando preocupação entre usuários e empresas em todo o país. O ataque, que se espalha com velocidade alarmante, tem o Brasil como principal foco e já afeta tanto usuários comuns quanto órgãos públicos e companhias dos setores de tecnologia, manufatura, construção e educação. O golpe utiliza o WhatsApp Web para invadir computadores com sistema operacional Windows, o mais usado no ambiente corporativo.

De acordo com o especialista em segurança digital Fábio Brodbeck, sócio da empresa Ostec, o malware é enviado disfarçado em um arquivo compactado (.zip). Ao ser baixado e descompactado, o programa malicioso toma o controle do WhatsApp Web e começa a replicar automaticamente mensagens para todos os contatos e grupos do usuário, facilitando a propagação do vírus. Além disso, o malware instala um software oculto que coleta informações sigilosas, como dados bancários e credenciais de acesso a sites financeiros.

O especialista explica que a maioria dos ataques identificados até o momento ocorreu em território brasileiro, o que demonstra a focalização dos criminosos no mercado nacional. Isso se deve, principalmente, à grande base de usuários do WhatsApp no país e ao uso intenso da versão Web em ambientes corporativos. “O vírus monitora atividades bancárias e tem como alvo bancos brasileiros, o que reforça o foco regional do ataque”, alertou Brodbeck.

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As mensagens maliciosas geralmente chegam por meio de contatos conhecidos, o que aumenta a credibilidade e reduz a desconfiança do destinatário. Os cibercriminosos costumam disfarçar o conteúdo como comprovantes de pagamento, notas fiscais ou documentos empresariais. Ao abrir o arquivo, o usuário autoriza involuntariamente o acesso do vírus, que se instala de forma permanente no computador e continua operando mesmo após o sistema ser reiniciado.

Para se proteger, os especialistas recomendam não abrir arquivos .zip recebidos por mensagens, mesmo que enviados por pessoas conhecidas. O ideal é confirmar o envio diretamente com o contato, preferencialmente por outro canal de comunicação. Além disso, é essencial manter um antivírus atualizado, evitar clicar em links suspeitos e fazer backup frequente dos dados.

O WhatsApp ainda não se pronunciou oficialmente sobre a nova onda de ataques, mas reforça em suas políticas de segurança que mensagens suspeitas devem ser denunciadas e arquivos não solicitados devem ser ignorados. O alerta serve para todos: o golpe combina engenharia social e automação digital para se espalhar com rapidez sem precedentes, exigindo atenção redobrada de empresas e usuários comuns.

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