WhatsApp: Descubra os golpes mais aplicados no Brasil
Descubra os golpes mais comuns no WhatsApp, como funcionam e aprenda com as dicas de Gilberto Sudré a se proteger de clonagens e mensagens falsas.

Os golpes no WhatsApp se tornaram uma das maiores ameaças digitais dos últimos anos. Com a popularidade do aplicativo e a confiança que as pessoas depositam nas conversas, criminosos encontram um terreno fértil para aplicar fraudes cada vez mais sofisticadas.
O especialista em tecnologia Gilberto Sudré alertou, em uma entrevista à CBN, que os golpes evoluíram tanto que até mesmo quem utiliza a autenticação de dois fatores pode ser enganado se não estiver atento.
Neste artigo, vamos explicar quais são os golpes mais comuns, como eles funcionam e quais medidas simples podem evitar grandes prejuízos.
Golpe da clonagem de conta
O golpe mais frequente ainda é o da clonagem de conta. O golpista tenta instalar o WhatsApp da vítima em outro aparelho, solicitando o código de verificação via SMS. Para conseguir o número, ele se passa por uma empresa, um sorteio ou até mesmo pelo próprio suporte do aplicativo.
Assim que obtém o código, o criminoso ativa o WhatsApp no seu aparelho e passa a enviar mensagens aos contatos da vítima, pedindo dinheiro ou dados pessoais.
Golpe contra a autenticação de dois fatores
Mesmo com o uso da autenticação de dois fatores (PIN), os golpistas encontraram novas formas de burlar o sistema. Após obter o código de verificação, eles entram novamente em contato com a vítima fingindo ser o suporte técnico do WhatsApp, alegando atividade suspeita na conta.
Em seguida, enviam um link falso por e-mail para “corrigir o problema”. Ao clicar no link, a vítima acaba desativando a proteção de dois fatores, permitindo que o criminoso finalize a clonagem da conta.
Outras golpes no WhatsApp
Além da clonagem, há outras fraudes recorrentes no aplicativo:
- Falsos sorteios ou prêmios: mensagens prometendo brindes, viagens ou descontos e pedindo confirmação via link ou código.
- Falsos perfis de contatos: o golpista copia a foto e o nome de alguém conhecido e envia mensagens pedindo ajuda financeira urgente.
- Links bancários falsos: remetentes se passam por bancos ou pela Caixa Econômica, pedindo atualização de cadastro por meio de páginas falsas.
- Mensagens de empresas falsas: perfis de lojas ou prestadores de serviço tentando enganar clientes com ofertas inexistentes.
Como identificar e se proteger
Segundo Sudré, há sinais claros de que uma mensagem pode ser fraudulenta:
- Solicitação de códigos ou senhas recebidos por SMS.
- Links suspeitos enviados por e-mail, principalmente com promessas de prêmios.
- Perfis desconhecidos se passando por empresas ou contatos próximos.
As principais recomendações para se proteger são:
- Ativar e manter a autenticação de dois fatores.
- Nunca compartilhar códigos de verificação.
- Desconfiar de mensagens com prêmios ou promoções.
- Confirmar com a pessoa, por outro canal, se o pedido é verdadeiro.
- Bloquear e denunciar números suspeitos.
Sudré também recomenda cuidados com o uso do smartphone, pois alguns sinais podem indicar invasão ou uso indevido:
- O celular esquenta demais ou fica lento sem motivo.
- O consumo de bateria e de dados aumenta repentinamente.
- Aplicativos desconhecidos aparecem instalados.
Esses sintomas podem indicar que há algum processo rodando em segundo plano, enviando informações ao golpista.
Conclusão
Os golpes no WhatsApp continuam se adaptando e explorando a confiança dos usuários. Mesmo com ferramentas de segurança avançadas, como a autenticação de dois fatores, os criminosos buscam novas formas de enganar. Por isso, a atenção e a desconfiança saudável são as melhores defesas.
Nunca compartilhe códigos, desconfie de links recebidos e confirme sempre a veracidade das mensagens antes de agir. Afinal, no mundo digital, ninguém dá nada de graça — e uma simples distração pode custar muito caro.
Perguntas Frequentes
Como os golpistas usam o WhatsApp?
Criminosos costumam se passar por contatos conhecidos ou por empresas confiáveis para enganar as vítimas. Eles pedem que você envie dados pessoais, como números de cartões, senhas, informações bancárias ou até pagamentos falsos. Também é comum solicitarem o encaminhamento de mensagens ou links maliciosos que espalham golpes.
Como saber se um contato é fake no WhatsApp?
Um perfil falso geralmente apresenta sinais claros, como pedidos suspeitos, erros de escrita, ausência de foto, uso de números diferentes de pessoas conhecidas ou mensagens com links estranhos. Se a conversa parecer forçada ou urgente demais, desconfie e tente confirmar a identidade da pessoa por outro meio antes de responder.
Como os golpistas conseguem o número dos nossos contatos?
Eles utilizam técnicas de engenharia social para enganar usuários por meio de links falsos, mensagens de SMS, e-mails e páginas clonadas. Essas armadilhas induzem a vítima a entregar suas informações, que depois são usadas para acessar contatos e ampliar o golpe.
Tem como saber se alguém tem acesso ao meu WhatsApp?
Sim. No próprio aplicativo, acesse Configurações > Aparelhos conectados para verificar se há algum dispositivo suspeito com acesso à sua conta. Se identificar algo desconhecido, desconecte imediatamente. Além disso, o recebimento de códigos de verificação sem solicitação ou mensagens marcadas como lidas sem seu conhecimento pode indicar invasão.
Como descobrir se um telefone é fraude?
Pesquise o número em plataformas como Tellows, Truecaller, Whoscall ou Lista Spam. Esses serviços identificam registros de chamadas suspeitas. Desconfie de ligações que solicitam dados pessoais, informações financeiras ou pressionam por respostas imediatas. Sempre confirme qualquer contato retornando pelos canais oficiais da empresa.
Quais dados os golpistas pedem?
Geralmente solicitam CPF, RG, cartões de crédito, senhas bancárias, endereços e até dados de familiares. Eles se passam por representantes de instituições ou amigos para ganhar confiança. Em alguns casos, usam links maliciosos ou aplicativos falsos para capturar automaticamente essas informações.