Cocaína rosa: entenda a composição, os perigos e os efeitos desta droga

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Nos últimos anos, uma substância ilícita apelidada de cocaína rosa, ou “tusi”, tem ganhado destaque no mercado de drogas. Apesar do nome, a cocaína rosa raramente contém cocaína em sua composição. Em vez disso, trata-se de uma mistura de substâncias psicoativas, muitas vezes sintéticas, com composição imprevisível.

Em 2024, a cocaína rosa ganhou notoriedade internacional após ser detectada no exame toxicológico parcial do cantor Liam Payne, que faleceu em Buenos Aires.

A cocaína tradicional é derivada das folhas da planta Erythroxylum coca. Já a cocaína rosa é fabricada com uma combinação de drogas como MDMA, cetamina e 2C-B. Para torná-la mais atraente, traficantes frequentemente adicionam corantes alimentícios e aromas, como o de morango.

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Enquanto a cocaína tradicional atua como estimulante e analgésico, a cocaína rosa carrega os efeitos de diversas substâncias, tornando-a potencialmente mais perigosa.

A cocaína, segundo a ONU, é a segunda droga ilícita mais consumida mundialmente. Originária da América Central e do Sul, a coca era usada antigamente por povos nativos para mitigar o frio, a fome e a fadiga. A cocaína estimula o sistema nervoso e inibe a reabsorção de neurotransmissores como adrenalina e dopamina, elevando seus níveis no cérebro e causando euforia e prazer. A dependência de cocaína pode se manifestar em irritabilidade, agitação, paranoia, ansiedade, depressão, insônia, perda de peso, complicações cardíacas, convulsões e comportamentos impulsivos.

Os efeitos da cocaína rosa são ainda mais complexos, pois combinam os efeitos de substâncias como ecstasy (MDMA), cetamina e drogas 2C. Enquanto o ecstasy e as drogas 2C possuem propriedades psicodélicas, a cetamina causa efeitos sedativos e alucinógenos.

Especialistas alertam para os riscos do uso de cocaína rosa, pois a quantidade de cada substância na droga é imprevisível, o que pode levar a consequências trágicas. O abuso de cetamina, por exemplo, pode causar inconsciência e dificuldades respiratórias. Usuários da cocaína rosa podem também sofrer com distorção da realidade, alucinações auditivas, paranoia ou pânico, representando perigo para si e para outros.

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A cocaína rosa é mais perigosa devido à sua composição imprevisível, que pode incluir desde estimulantes leves até opioides potentes, aumentando o risco de overdose. A mistura de efeitos antagônicos sobrecarrega o sistema cardiovascular e respiratório. A presença de opioides como o fentanil pode levar à falência respiratória ou à morte. A cor rosa e o nome “cocaína rosa” podem criar uma falsa impressão de uma droga mais leve, mascarando seus riscos reais e potencialmente letais.

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