Lula defende união latino-americana contra interferência externa

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a importância de projetos educacionais comuns entre os países da América Latina como um caminho para fortalecer a independência regional. Durante um evento com estudantes da Rede Nacional de Cursinhos Populares (COPO) em São Bernardo do Campo, São Paulo, o presidente afirmou que essa união evitará que “presidente de outro país” se dirija ao Brasil de maneira desrespeitosa.

Lula enfatizou que nenhum país no mundo alcançou o desenvolvimento sem priorizar investimentos em educação. Ele ressaltou que este desafio não é exclusivo do Brasil, e que o governo está estabelecendo parcerias com nações africanas, países de língua portuguesa e outros países latino-americanos.

“Fizemos também a Universidade da América Latina em Foz do Iguaçu. Queremos formar uma doutrina latino-americana, com professores e estudantes latino-americanos, para sonhar que nosso continente um dia seja independente, e que nunca mais um presidente de outro país ouse falar grosso com o país, porque não vamos aceitar”, declarou o presidente.

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A declaração de Lula ocorre em um contexto de tensões envolvendo ações dos Estados Unidos em relação à Venezuela, sob a alegação de combate ao tráfico de drogas. Notícias da imprensa norte-americana indicam que o exército do país realizou ataques contra embarcações, resultando em mortes.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou ter autorizado a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela. Em resposta, o governo Maduro acusou os EUA de buscarem uma “mudança de regime” e prometeu denunciar as ações no Conselho de Segurança da ONU.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) aprovou uma moção de repúdio à postura dos Estados Unidos, considerando-a uma ameaça à paz na América Latina. Manifestações também ocorreram em Trinidad e Tobago contra a morte de pescadores por embarcações militares americanas, incidente classificado como um “ato de agressão injustificado”. O caso gerou debates sobre o apoio do governo local à escalada militar de Washington no Caribe.

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