Enterro de isaac: comoção e revolta marcam despedida no distrito federal

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A despedida de Isaac Moraes, o jovem de 16 anos brutalmente esfaqueado na última sexta-feira, foi marcada por profunda comoção e clamor por justiça. Colegas do Colégio Militar de Brasília, onde Isaac estudava, se reuniram no Cemitério Campo da Esperança, na região central da capital, para prestar as últimas homenagens. Antes do sepultamento, balões brancos foram soltos, simbolizando a pureza e a juventude interrompida do estudante.

Isaac foi vítima de um ataque enquanto tentava recuperar seu celular, roubado por um grupo de adolescentes. O crime ocorreu em uma área nobre do Plano Piloto, próximo ao parque que leva o nome de outra jovem assassinada na região.

Segundo as investigações, o grupo de adolescentes abordou Isaac sob o pretexto de precisar de conexão Wi-Fi para fazer uma ligação. No momento do crime, Isaac estava com amigos jogando vôlei.

Os pais do adolescente, ambos profissionais da área da saúde, estavam inconsoláveis e preferiram não dar entrevistas. O irmão de Isaac, Edson Avelino, expressou a dor da família e o choque diante da tragédia. “Apesar da idade, Isaac era uma criança muito responsável e amada. Queria estudar na mesma área do que eu”, disse Edson, emocionado.

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Edson também enfatizou a necessidade de justiça, mesmo que o crime tenha sido cometido por menores de idade. “Em um país em que se vota aos 16 anos de idade, entendo que a pessoa deve pagar pelos seus atos. Comecei a trabalhar com 14 anos com meu pai”, declarou.

Moradores da região também manifestaram tristeza e preocupação com o aumento da violência. Um vizinho da família, pai de um amigo de Isaac, relatou que seu filho também teve o celular furtado recentemente. Ele reclamou da demora no atendimento ao jovem após o ataque.

Um colega de escola de Isaac, Lucas, lembrou do amigo como uma pessoa divertida e um excelente jogador de vôlei. “Ele brincou comigo um dia antes. Não entendo como isso foi ocorrer. Não caiu a ficha ainda”, lamentou.

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O delegado Rodrigo Larizzatti, responsável pela investigação, informou que sete adolescentes foram interrogados e três foram apreendidos sob suspeita de envolvimento no crime. Ele confirmou que os adolescentes usaram o pretexto de precisar de internet para se aproximar de Isaac. “É uma prática recorrente do grupo para iniciar os roubos. Três deles estavam diretamente envolvidos. Foram apreendidos. Durante a atuação, não demonstraram remorso. Apenas um deles perguntou se a vítima havia falecido”, disse o delegado.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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