Estado do Rio descarta presença de metanol em mais quatro pacientes

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Rio descarta metanol em mais pacientes suspeitos de intoxicação

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) anunciou a exclusão de mais quatro casos suspeitos de intoxicação por metanol, após resultados negativos em exames laboratoriais. Com essa atualização, dos 17 casos notificados como suspeitos, 15 foram descartados, restando apenas dois sob investigação.

Os novos casos descartados foram registrados em diferentes localidades: dois em São Pedro da Aldeia, um em Cabo Frio e outro em Niterói. Os dois casos que permanecem sob análise são de Cabo Frio, na Região dos Lagos, e São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

A secretária de Saúde, Claudia Mello, expressou alívio com os resultados, mas ressaltou a importância de manter a atenção e vigilância. “A notícia é um alívio, mas continuamos atentos e vigilantes. Orientamos a população a ficar alerta. Caso apareçam sintomas suspeitos após a ingestão de bebidas alcoólicas, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente”, alertou.

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A Secretaria de Saúde tem reforçado a importância da população estar atenta aos sintomas de intoxicação por metanol, que incluem visão turva, desconforto gástrico e quadros de gastrite. Diante de qualquer um desses sinais, a recomendação é procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima. A intoxicação por metanol pode levar à cegueira irreversível e, em casos mais graves, ao óbito.

Desde o início de outubro, quando o estado do Rio registrou a primeira suspeita de intoxicação por metanol, a SES-RJ tem intensificado as orientações à população sobre os cuidados ao consumir bebidas alcoólicas. A recomendação é reduzir o consumo, principalmente de bebidas destiladas, até que a origem das adulterações seja identificada e controlada.

As unidades de saúde estaduais estão preparadas para identificar os sintomas e realizar o tratamento adequado de possíveis casos de contaminação por metanol. Os municípios foram orientados a enviar amostras para detecção ao Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ), que estabeleceu parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para a análise das amostras.

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O Ministério da Saúde enviou ao estado remessas de etanol farmacêutico e do antídoto fomepizol, utilizados no tratamento de pacientes intoxicados. Os medicamentos foram direcionados ao Hospital Estadual Anchieta, referência no estado para o tratamento de casos de intoxicação por metanol.

A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica de extrema gravidade. Após a ingestão, a substância é metabolizada em produtos tóxicos que podem causar danos severos ao organismo, inclusive a morte. Em caso de suspeita de intoxicação, é crucial procurar atendimento médico imediato e entrar em contato com os seguintes serviços: Disque-Intoxicação da Anvisa, CIATox da sua cidade ou Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI).

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