Brasil prioriza rentismo em detrimento do social, aponta análise

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Uma análise recente questiona a priorização do “equilíbrio fiscal” em detrimento de investimentos sociais no Brasil. A crítica surge em resposta a uma matéria que, segundo a análise, defende que a estabilidade das finanças estatais é essencial para melhorar as condições de vida da população mais vulnerável.

A matéria em questão acompanhou por 20 anos duas famílias na periferia da Região Metropolitana do Recife, onde foi constatado que, apesar do aumento da escolaridade, a vida material das famílias não apresentou melhora significativa na última década. Muitos dependem de trabalhos informais e programas sociais como o Bolsa Família.

A análise contesta a conclusão de que o “equilíbrio fiscal” e um “ambiente macroeconômico saudável” seriam as soluções para essas famílias. Argumenta-se que a reportagem ignora fatores como a escassez de empregos qualificados, a falta de educação pública de qualidade e as dificuldades enfrentadas por moradores de periferias, incluindo a falta de acesso a serviços básicos e oportunidades.

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A análise também questiona a afirmação de que o país estaria flertando com o descontrole orçamentário, mencionando dados que indicam um déficit elevado entre receitas e despesas da União, com grande parte desse déficit atribuída ao pagamento de juros. Contudo, a análise aponta que a matéria não detalha quem se beneficia desses juros, que, segundo estudos, favorecem o 0,1% mais rico da população.

Em vez de investir em áreas como educação, saúde, saneamento e segurança, a prioridade seria manter o “equilíbrio fiscal” e pagar os juros mais altos do planeta, beneficiando o setor financeiro em detrimento das necessidades da população mais vulnerável.

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