Investimento social corporativo no Brasil aumenta quase 20% em 2024
Empresas e instituições brasileiras intensificaram seu compromisso com o impacto social em 2024, destinando mais de R$ 6,2 bilhões para ações diversas. Este montante representa um crescimento significativo de 19,4% em comparação com o ano anterior, demonstrando um engajamento crescente do setor privado com causas sociais.
Um estudo recente revelou que esse aumento foi impulsionado, principalmente, pelos recursos próprios das organizações, que alcançaram R$ 4,79 bilhões, um aumento expressivo de 35%. Os recursos incentivados, por sua vez, totalizaram R$ 1,42 bilhão.
A pesquisa tem como objetivo fornecer uma visão estratégica do investimento social corporativo (ISC) no país, oferecendo parâmetros para o planejamento de empresas, institutos e fundações. O estudo, que já está em sua 18ª edição, busca auxiliar executivos sociais a comparar suas práticas e colaborar em desafios comuns, promovendo um aprendizado coletivo.
Entre as áreas de maior interesse para os investidores sociais, destacam-se educação e cultura, além de um crescente foco em inclusão produtiva. A inclusão produtiva tem ganhado relevância, visando qualificar profissionalmente a população e atender à demanda por mão de obra qualificada no mercado de trabalho.
As ações voltadas para emergências climáticas também ganharam destaque em 2024, tornando-se uma prioridade para diversas empresas. Além das ações humanitárias, há um reconhecimento da importância de investir em prevenção e adaptação climática, diante da intensificação dos eventos climáticos extremos.
O setor industrial tem se concentrado em demandas territoriais, abordando questões como infraestrutura, saúde, educação e segurança pública. Já o setor de serviços tende a focar em causas específicas, como educação. No entanto, o setor industrial ganhou força nos últimos anos, equiparando-se ao setor de serviços em termos de volume de investimento.
Os jovens permanecem como o grupo populacional prioritário para os investimentos, em resposta a um “apagão de talentos” que se agrava no contexto de vulnerabilidade social e desigualdade. A digitalização intensifica esse problema, tornando o investimento em jovens uma prioridade para as empresas.
Observa-se também uma tendência crescente de financiamento de projetos em detrimento da realização de projetos próprios, impulsionada por um movimento de co-investimento, com empresas unindo forças em alianças e parcerias. As empresas reconhecem que, individualmente, não conseguirão solucionar os problemas sociais, e buscam colaboração com suas cadeias de valor e com outras empresas do setor.





