Diversificação garante renda e resiliência na agricultura familiar

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Na agricultura familiar, a diversificação de culturas emerge como uma estratégia vital para a estabilidade financeira e a superação dos desafios inerentes ao campo. Um exemplo concreto é o produtor Wanderson Siqueira, que optou por investir em diferentes cultivos com o objetivo de mitigar riscos e assegurar uma fonte de renda constante ao longo do ano.

A jornada de Wanderson começou com o cultivo de abacaxi, uma fruta de considerável valor de mercado, mas com um ciclo de produção relativamente longo. “O abacaxi leva cerca de um ano e meio desde o plantio até a comercialização. Ficar parado todo esse tempo é complicado”, relata Wanderson, explicando a motivação por trás de sua estratégia de diversificação.

Para solucionar esse problema, ele rapidamente diversificou sua produção, introduzindo o cultivo de limão e investindo na criação de galinhas poedeiras, o que lhe garantiu uma produção diária de ovos. Posteriormente, ele expandiu ainda mais suas atividades, incluindo a criação de frangos de corte, o cultivo de café e a produção de pitaya.

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O apoio familiar desempenhou um papel crucial nessa trajetória. Áuria Nunes de Siqueira, mãe do produtor, recorda os obstáculos iniciais: “Não tínhamos experiência e fazíamos tudo com as próprias mãos. Morávamos em Cuiabá e eu preparava o almoço em casa para trazer até a roça.”

Para Wanderson, a diversificação representa mais do que apenas uma estratégia de crescimento; é uma forma de garantir a resiliência e a sustentabilidade do negócio. “Não coloquei todas as fichas em uma única cultura. Frutas de ciclo curto, como melancia, melão e maracujá, complementam a produção e evitam a concorrência com o abacaxi”, explica.

Além dos benefícios econômicos, a diversificação também contribui para a redução de riscos. “Pragas podem dizimar uma lavoura inteira. Não dá para depender de apenas uma cultura”, adverte Wanderson.

O apoio técnico também se mostrou fundamental para o sucesso de Wanderson. “Temos três grandes parceiros: o comércio local e o Senar e o Sebrae. O Senar faz visitas mensais, enquanto o Sebrae ensina gestão e produtividade”, detalha o produtor.

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Com a orientação técnica adequada, Wanderson consegue tomar decisões mais assertivas e aprimorar os resultados da propriedade, transformando a produção rural em um empreendimento sustentável.

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