Candidato ao IICA aponta brasil como líder no agronegócio sustentável
Ministros da Agricultura de todo o continente americano estão reunidos em Brasília para eleger o novo diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA). O órgão, com mais de 80 anos de atuação, reúne 34 países e se dedica à formulação de políticas e projetos de desenvolvimento sustentável no setor agrícola. A eleição, que definirá o futuro da organização, acontece durante a Conferência de Ministros da Agricultura das Américas, com 32 países aptos a votar.
Entre os concorrentes ao cargo está Fernando Matos, ex-ministro da Agricultura do Uruguai e ex-presidente da Associação Rural do país. Para Matos, a integração entre as nações americanas é fundamental, e o Brasil tem um papel de liderança no que se refere ao avanço tecnológico no agronegócio.
“O IICA é uma organização multilateral especializada na cooperação para a agricultura, assistência técnica e financiamento de projetos”, ressalta Matos, destacando o papel estratégico da instituição na segurança alimentar global.
Segundo o candidato, o continente americano possui as melhores condições para expandir a produção de alimentos de forma sustentável no mundo. “Temos solo fértil, água doce em abundância, clima favorável e produtores qualificados. O hemisfério ocidental tem um papel central na segurança alimentar global”, enfatiza.
Matos também destaca a importância do Brasil nesse cenário, especialmente devido à sua expertise na agricultura tropical e aos avanços proporcionados pela Embrapa. “O Brasil é exemplo de sucesso, com evolução tecnológica que o colocou entre os principais produtores e exportadores do mundo. A cooperação brasileira, especialmente em pesquisa e inovação, pode transformar a agricultura em outros países das Américas”, afirma.
O ex-ministro uruguaio aponta que o mundo enfrentará um grande desafio nas próximas décadas: produzir mais utilizando menos recursos. Ele estima que a população global deve aumentar significativamente, exigindo um aumento expressivo na produção de alimentos, biocombustíveis e fibras. “Isso só será possível com tecnologia, pesquisa e sustentabilidade”, avalia.
Matos também defende a importância de reduzir as desigualdades regionais e fortalecer a cooperação diante dos efeitos das mudanças climáticas e dos riscos sanitários. “A paz do mundo dependerá do que fizermos para fortalecer as cadeias produtivas e garantir o abastecimento de alimentos”, conclui.




