Portos do sul impulsionam economia com crescimento de 7,9% em cargas
Os portos públicos localizados na região Sul do país apresentaram um expressivo volume de movimentação de cargas entre janeiro e agosto de 2025. Ao todo, foram registradas 85,3 milhões de toneladas, representando um crescimento de 7,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A região engloba os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O Porto de Paranaguá se destaca como o principal motor desse desempenho, respondendo por 43,9 milhões de toneladas movimentadas. Na sequência, figuram o Porto de Rio Grande, com 20,2 milhões de toneladas, o Porto de São Francisco do Sul, com 12,1 milhões de toneladas, Imbituba, com 4,8 milhões de toneladas e Itajaí, com 2,5 milhões de toneladas.
O ministro de Portos e Aeroportos enfatizou que a eficiência na gestão e a busca por maior competitividade são os principais fatores que impulsionam o desenvolvimento e fortalecem a economia tanto regional quanto nacional.
Um dos pontos altos desse período foi o aumento significativo na movimentação de contêineres, que registrou um crescimento de 21,14%, atingindo 19,9 milhões de toneladas. A carga geral também apresentou um bom desempenho, com um aumento de 15,46%, totalizando 9 milhões de toneladas. Essa diversificação demonstra a capacidade dos portos do Sul em atender a uma variedade de demandas e cadeias logísticas complexas.
A vocação exportadora da região também se refletiu no crescimento de 7,19% na navegação de longo curso, responsável pela movimentação de 73,4 milhões de toneladas. As exportações, impulsionadas principalmente pela soja e pelo milho, cresceram 4,95%, enquanto as importações, com destaque para fertilizantes, avançaram 11,84%.
Visando aprimorar ainda mais a eficiência dos portos, foi realizado o leilão de concessão do canal de acesso aquaviário ao Porto de Paranaguá, em outubro. O projeto prevê investimentos da ordem de R$ 1,2 bilhão ao longo de 25 anos.
O consórcio vencedor do leilão será responsável por realizar a dragagem e a ampliação do calado do canal, que passará de 13,5 para 15,5 metros. Essa medida permitirá a entrada de navios de maior porte, otimizando a capacidade operacional do porto, facilitando o escoamento da produção e garantindo maior segurança e agilidade nas operações portuárias.


