Câmara aprova reajuste salarial para servidores do judiciário

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na última terça-feira, um projeto de lei que prevê um aumento salarial de 24% para os servidores do Poder Judiciário da União. A votação, que mobilizou diversos parlamentares, registrou 299 votos favoráveis à proposta, enquanto 119 deputados votaram contra. Houve também quatro abstenções.
A proposta, originada no Supremo Tribunal Federal (STF), visa recompor parte do poder de compra dos servidores, impactado pela inflação dos últimos anos. O projeto tramitou pelas comissões da Câmara e recebeu parecer favorável do relator, o deputado Rafael Prudente (MDB-DF).
O reajuste linear de 24% será aplicado de forma escalonada, com parcelas a serem pagas nos próximos anos. O impacto financeiro do aumento ainda não foi totalmente detalhado, mas estima-se que representará um acréscimo significativo nas despesas do Judiciário.
A aprovação do projeto gerou debates acalorados entre os parlamentares. Enquanto alguns defenderam a necessidade de valorização dos servidores do Judiciário, ressaltando a importância de seus trabalhos para a manutenção da Justiça, outros criticaram o momento da aprovação, alegando que o país enfrenta dificuldades econômicas e que o reajuste poderia agravar a situação fiscal.
Os defensores do aumento argumentaram que os servidores do Judiciário estão com salários defasados há anos e que o reajuste é fundamental para garantir a qualidade dos serviços prestados à população. Além disso, alegaram que o aumento é uma forma de atrair e reter talentos no setor público.
Por outro lado, os críticos do projeto questionaram a prioridade dada ao reajuste em detrimento de outras áreas consideradas mais urgentes, como saúde e educação. Argumentaram também que o aumento poderia gerar um efeito cascata, pressionando outros setores do funcionalismo público a buscarem reajustes semelhantes.
Com a aprovação na Câmara, o projeto de lei segue agora para o Senado Federal, onde será novamente discutido e votado. Caso seja aprovado sem alterações, seguirá para a sanção presidencial e, posteriormente, será transformado em lei.
Fonte: oantagonista.com.br




