Renda fixa atrai investidores enquanto copom define rumos da selic

Compartilhe

Em um dia crucial para a economia brasileira, com a iminente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic, o mercado de renda fixa se mostra dinâmico e atrativo. Nesta quarta-feira, investidores encontram na plataforma da XP oportunidades diversas em títulos bancários.

CDBs (Certificados de Depósito Bancário) prefixados oferecem taxas de até 14,580% ao ano, com vencimento em 12 meses, enquanto títulos atrelados à inflação prometem IPCA+8,800% em prazos superiores a um ano. Para quem busca opções pós-fixadas, há títulos rendendo até 101% do CDI com vencimento em um ano.

As LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) também apresentam opções interessantes. As prefixadas alcançam taxas de até 11,850% para vencimento em 12 meses, enquanto as pós-fixadas podem render até 88% do CDI após um ano.

Já as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) prefixadas exibem taxas de até 11,400%. As indexadas à inflação pagam até IPCA+ 6,600%, e as pós-fixadas, até 90% do CDI após um ano.

Publicidade

Entre as opções em destaque, encontram-se o CDB Pleno, rendendo 115% do CDI com vencimento em novembro de 2030; o LCD BNDES, pagando 91% do CDI com vencimento em dezembro de 2029; e o LCI CEF, também com 91% do CDI e vencimento em novembro de 2027.

O cenário da renda fixa, no entanto, é influenciado pelas expectativas em torno da decisão do Copom. As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) apresentaram altas leves nos contratos de longo prazo, acompanhando uma aversão global ao risco e a valorização do dólar. Os vencimentos mais curtos, por outro lado, permaneceram praticamente estáveis, em compasso de espera pelo anúncio da Selic.

No fechamento da terça-feira, o DI para janeiro de 2028 registrou uma leve queda, enquanto o DI para janeiro de 2035 avançou. O mercado precifica uma alta probabilidade de manutenção da Selic em 15% ao ano.

Publicidade

A sessão anterior foi marcada por quedas nas bolsas globais e fortalecimento do dólar, após alertas sobre uma possível correção nas ações americanas. A busca por proteção levou investidores aos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries), cujos rendimentos caíram, enquanto a aversão ao risco impulsionou os juros futuros no Brasil, especialmente nos vencimentos mais longos.

No âmbito doméstico, o ministro da Fazenda defendeu a necessidade de queda dos juros, mas a fala teve baixo impacto sobre a curva, com os investidores focados nas sinalizações do Copom sobre o início de um possível ciclo de cortes.

Os dados divulgados sobre a produção industrial, que apresentou queda em setembro, não trouxeram alterações relevantes à precificação dos juros.

No exterior, o clima de cautela manteve a pressão sobre os mercados de risco, com o rendimento do Treasury de dez anos em queda. Esse cenário de tensões externas, combinado com a expectativa doméstica, resultou em uma curva de juros brasileira praticamente estável nos vértices curtos e em leve alta nos longos.

Publicidade
Compartilhe