Novas diretrizes sobre o risco do nitrogênio são publicadas

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O nitrogênio, gás abundante na atmosfera, essencial para a vida, apresenta riscos em excesso. Novas diretrizes foram publicadas para oferecer orientações sobre como avaliar os impactos benéficos e prejudiciais do gás em diversos setores.

O material, desenvolvido pelo Sistema Internacional de Gestão do Nitrogênio (INMS) do Centro de Ecologia e Hidrologia do Reino Unido (UKCEH), avalia o impacto do nitrogênio no meio ambiente, na agricultura e na sociedade em escala local, regional e global.

O excesso de nitrogênio no meio ambiente tem diversas origens, incluindo esgoto não tratado, fertilizantes, queima de combustíveis fósseis, práticas agrícolas e processos industriais. Níveis elevados desequilibram o ciclo natural do nitrogênio na Terra, transformando-o em um poluente que contribui para as mudanças climáticas, a poluição do ar e da água, as “zonas mortas” aquáticas e a perda de biodiversidade. Representa, ainda, um risco para a saúde humana, causando problemas respiratórios e intoxicação.

Segundo o diretor executivo do Laboratório Marinho de Plymouth (PML), o nitrogênio é tanto um pilar da vida quanto um desafio global crescente. Essencial para a produção de alimentos e o funcionamento dos ecossistemas, sua má gestão ameaça a biodiversidade, a estabilidade climática e a saúde humana.

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O guia fornece orientações práticas para avaliar os impactos benéficos e prejudiciais do nitrogênio no meio ambiente e nos seres humanos, em escalas locais, regionais e globais, e relaciona água, ar, biodiversidade, clima, saúde, produção de alimentos e comércio.

O estudo explora impactos específicos de cada setor, como eutrofização, acidificação do solo, danos do ozônio à vegetação e riscos para a saúde humana decorrentes da poluição do ar e da água, e enfatiza os desafios do uso excessivo e insuficiente de nitrogênio, relacionando os impactos do nitrogênio aos seus mecanismos subjacentes.

O documento enfatiza a necessidade urgente de esforços internacionais para desenvolver planos de ação para o nitrogênio, a fim de atingir a meta da ONU de reduzir o desperdício e a poluição por nitrogênio até 2030. A importância da colaboração entre setores e nações para enfrentar o desafio do nitrogênio é destacada como fundamental.

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O material destaca os impactos complexos, indiretos e muitas vezes mascarados do excesso de nitrogênio na pesca. Aumentos moderados de nitrogênio reativo podem melhorar a produtividade primária e a disponibilidade de presas a curto prazo, mas o excesso pode levar à depleção de oxigênio, à degradação do habitat e, em última análise, ao declínio dos estoques pesqueiros, o que pode causar perdas econômicas tanto na pesca extrativa quanto na aquicultura.

Promover abordagens integradas para reduzir o desperdício de nitrogênio, melhorar a eficiência e mitigar seus impactos ambientais com urgência é considerado vital. Ao conectar métodos científicos com aplicações políticas, o guia serve como um recurso essencial para governos, pesquisadores e formuladores de políticas, ajudando a enfrentar o desafio global do nitrogênio de forma eficaz.

Fonte: www.tempo.com

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