Governo de minas define rumo para desestatização da copasa
O Governo de Minas Gerais sinalizou um passo importante para a possível desestatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) formalizou, em um ofício direcionado à companhia, as diretrizes que nortearão a elaboração de estudos e a execução de atos preparatórios para essa transição. A Copasa tornou o documento público nesta quarta-feira (5).
O ofício detalha os parâmetros que a empresa deve seguir ao conduzir as análises técnicas e financeiras necessárias para avaliar a viabilidade e o formato da desestatização. A expectativa é que, munida dessas diretrizes, a Copasa possa desenvolver um plano estratégico abrangente, que considere tanto os aspectos econômicos quanto os sociais e ambientais relacionados ao fornecimento de água e saneamento no estado.
A medida surge em um contexto de discussões sobre o papel do setor privado na gestão de serviços públicos essenciais. Defensores da desestatização argumentam que a iniciativa pode trazer mais eficiência, investimentos e inovação para a Copasa, beneficiando a população com melhorias na qualidade dos serviços e na expansão da cobertura.
Por outro lado, críticos manifestam preocupações quanto ao impacto da desestatização nas tarifas, no acesso aos serviços para a população de baixa renda e na garantia da universalização do saneamento. Eles defendem que a gestão pública é fundamental para assegurar que o interesse social prevaleça sobre a busca por lucro.
A Copasa, como empresa responsável pelo abastecimento de água e pela coleta e tratamento de esgoto em grande parte do estado, desempenha um papel crucial na saúde pública e no desenvolvimento socioeconômico de Minas Gerais. A possível desestatização, portanto, é um tema de grande relevância e que requer um debate amplo e transparente, envolvendo o governo, a empresa, a sociedade civil e os representantes da população. Os próximos passos dependerão da condução dos estudos e da análise dos resultados, que deverão embasar a decisão final sobre o futuro da companhia.




