Fim da paralisação nos eua pode impulsionar o bitcoin?
O Bitcoin experimentou uma valorização de até 4,5% nesta segunda-feira, atingindo um pico intradiário de US$ 106.491. Esse movimento elevou a capitalização total do mercado de criptomoedas em 4,7%, alcançando US$ 3,68 trilhões. Contudo, no início da tarde, a principal criptomoeda do mercado recuou para US$ 105.244.
Essa alta inicial foi motivada pela expectativa em torno da votação no Senado americano, que visava aprovar um projeto de lei para reabrir o governo. A expectativa de uma resolução para a paralisação de 40 dias injetou otimismo entre os investidores, que aguardam o fim de uma considerável incerteza macroeconômica.
Analistas apontam que o fim da paralisação governamental nos EUA deve reacender o apetite por risco nos mercados, o que beneficiaria o Bitcoin e outras criptomoedas. A resolução do impasse eliminaria preocupações sobre liquidez e fortaleceria a confiança dos investidores, possivelmente prolongando a recente recuperação do Bitcoin.
Segundo especialistas, a retomada das atividades governamentais restauraria a confiança dos investidores, atenuaria a incerteza em relação aos gastos federais e à liquidez, e melhoraria o sentimento de risco geral. O fim da paralisação também poderia dar suporte à estabilidade do dólar e aos fluxos do Tesouro, diminuindo a volatilidade e incentivando a participação institucional em ativos digitais.
Além disso, o mercado de criptomoedas foi positivamente influenciado por uma publicação de um ex-presidente americano, onde ele sinalizou a possibilidade de um “dividendo” de pelo menos US$ 2 mil por pessoa (excluindo indivíduos de alta renda). Essa medida reacendeu a lembrança dos auxílios emergenciais de 2021, que injetaram liquidez no mercado de criptomoedas durante a pandemia.
O secretário do Tesouro minimizou as expectativas em relação a esse “dividendo”, sugerindo que ele poderia vir na forma de cortes de impostos. No entanto, o potencial para um novo estímulo fiscal já melhorou o ânimo dos investidores, uma vez que injetaria liquidez diretamente na economia.
O mercado aguarda ansiosamente por uma resolução definitiva do impasse, para confirmar a sustentabilidade do rali. Analistas preveem novos ganhos se os EUA encerrarem o “shutdown” até meados de novembro, acreditando que os cheques de estímulo, se distribuídos, impulsionariam o mercado, adicionando liquidez e aumentando o apetite por risco.
Alguns analistas arriscam projeções otimistas, com o Bitcoin podendo testar novamente a faixa de US$ 120 mil a US$ 150 mil até o final do ano. Essas projeções, no entanto, dependem de condições macroeconômicas favoráveis, incluindo a manutenção de uma postura mais flexível por parte do Fed e uma melhoria na liquidez. A inflação persistente, um dólar mais forte ou uma renovada tensão geopolítica poderiam limitar o ímpeto de alta.
As metas de preço para o final do ano permanecem ambiciosas, embora dependam desses desdobramentos macroeconômicos. Há quem mantenha uma meta de US$ 200 mil para o Bitcoin até o final do ano, enquanto outros preveem uma faixa de US$ 90 mil a US$ 160 mil, impulsionada pelo otimismo pós-eleitoral e pela probabilidade de novos cortes nas taxas de juros.


