Anvisa determina recolhimento de furosemida e veta publicidade de manipulados
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) implementou duas medidas impactantes no setor farmacêutico, visando aprimorar a segurança e o controle de medicamentos em todo o país. As ações envolvem tanto a retirada de circulação de lotes específicos de um medicamento injetável quanto a restrição da divulgação de produtos manipulados por uma empresa.
A primeira medida da Anvisa consiste no recolhimento de cinco lotes do medicamento Furosemida 10 mg/ml Solução Injetável, fabricados pela Hypofarma – Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda. Os lotes afetados são os de números 25060692, 25060693, 25060694, 25060695 e 25060696. A decisão foi tomada após a própria Hypofarma identificar fragilidades nas ampolas de vidro que acondicionam o medicamento. Diante dessa constatação, a empresa iniciou voluntariamente o processo de recolhimento, buscando prevenir potenciais riscos aos pacientes e assegurar a integridade e segurança no uso da furosemida.
A furosemida é um diurético amplamente utilizado na prática médica para tratar edemas associados a condições como doenças cardíacas, renais, pulmonares ou cerebrais. Além disso, o medicamento pode ser prescrito para o controle da hipertensão arterial, em combinação com outros fármacos, e para induzir a eliminação de líquidos em casos de intoxicação. Sua ação diurética auxilia na redução do volume de líquidos no organismo, aliviando o inchaço e a pressão arterial elevada. A furosemida também pode ser utilizada para reduzir inchaços provocados por queimaduras ou acúmulo de líquidos.
Em outra frente, a Anvisa determinou a proibição da divulgação de todas as preparações magistrais produzidas pela empresa Exata Comercial Ltda. A medida foi motivada pela constatação de que a empresa estava anunciando medicamentos manipulados em seu site, o que configura uma infração ao item 5.14 do Anexo da RDC 67/2007, norma que estabelece as Boas Práticas de Manipulação em Farmácias.
A legislação sanitária é clara ao proibir a divulgação de produtos manipulados para fins de propaganda, publicidade ou promoção. Essa restrição se justifica pelo fato de que cada fórmula magistral é personalizada e elaborada de acordo com a prescrição médica individual, atendendo às necessidades específicas de cada paciente. A divulgação indiscriminada de medicamentos manipulados poderia induzir ao uso inadequado e colocar em risco a saúde da população.
A Anvisa reforça a importância do cumprimento das normas sanitárias na manipulação de medicamentos e orienta que denúncias de irregularidades sejam encaminhadas aos canais oficiais da agência ou às vigilâncias sanitárias locais. A agência mantém um rigoroso sistema de fiscalização e monitoramento para garantir a qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos disponíveis no mercado.
