Fiis superam fundos di em 2025 com retornos de até 40%

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Em 2025, os fundos imobiliários (FIIs) demonstraram uma performance superior em relação aos fundos DI, tradicionalmente considerados um porto seguro no mercado de investimentos. Essa mudança de cenário marca uma reviravolta em relação aos três anos anteriores, quando os fundos atrelados ao CDI apresentaram um desempenho mais consistente.

Entre 2021 e 2024, os FIIs registraram um retorno médio de 20,96%, enquanto os fundos com alta correlação com o CDI alcançaram 40,63%, conforme dados da Economatica. Entretanto, no acumulado de 2025 até novembro, os FIIs avançaram, em média, 14,73%, ultrapassando os 11,46% dos fundos DI.

Enquanto os fundos DI investem em títulos públicos ou privados atrelados ao CDI, oferecendo liquidez e rentabilidade previsível, os fundos imobiliários, especialmente os de papel, alocam parte de sua carteira em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) indexados ao CDI.

Em 2025, alguns fundos imobiliários se destacaram com altas expressivas, atingindo retornos de até 42,85% no ano. O HCTR11 lidera o ranking, após um período de desvalorização em 2024. Este fundo se concentra em operações de crédito high yield. Outros FIIs que apresentaram bons resultados incluem RBRY11, MCCI11, BCRI11 e BTCI11, com retornos superiores a 20%.

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Analistas apontam que o desempenho dos FIIs é resultado do desconto expressivo observado no início do ano. A assimetria entre os preços dos FIIs e os yields oferecidos, acima de 15% ao ano e isentos de imposto de renda, criou uma oportunidade de entrada favorável para investidores.

A melhora nas expectativas para a taxa Selic em 2026 também contribuiu para o cenário positivo. O fechamento das curvas de juros futuros valorizou os CRIs com boas garantias, impulsionando tanto os rendimentos quanto a valorização das cotas dos FIIs.

É importante ressaltar que o risco associado aos FIIs difere do encontrado nos fundos DI. Enquanto os produtos de liquidez diária capturam o CDI com baixa volatilidade, os FIIs de papel oferecem renda mensal isenta, mas estão sujeitos às oscilações do mercado de ações.

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A escolha entre fundos DI e FIIs de papel depende das necessidades e objetivos do investidor. Os fundos DI são mais adequados para quem busca liquidez diária e previsibilidade, enquanto os FIIs de papel podem ser vantajosos para quem busca renda mensal isenta e não pretende usar o dinheiro no curto prazo.

Com a expectativa de queda da Selic em 2026, fundos indexados ao CDI podem perder tração, enquanto FIIs com exposição ao IPCA podem mitigar esse efeito. Fundos de papel com indexadores mistos podem apresentar um retorno total mais equilibrado ao longo do ciclo econômico.

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