Agronegócio brasileiro atinge marca histórica de us$ 15,49 bilhões em exportações
As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram um patamar inédito em outubro de 2025, totalizando US$ 15,49 bilhões. Este valor representa um aumento significativo de 8,5% em comparação com o mesmo período de 2024. Este desempenho consolida o setor como um dos pilares da balança comercial do país, registrando um superávit de aproximadamente US$ 13,7 bilhões.
O crescimento das exportações foi impulsionado principalmente pelo aumento de 10,1% no volume de produtos embarcados. Este aumento compensou uma ligeira queda de 1,4% nos preços médios praticados no mercado internacional. Os números de outubro mantêm a trajetória ascendente observada ao longo do segundo semestre, com exportações de US$ 15,6 bilhões em julho e US$ 14,95 bilhões em setembro.
Diversos produtos tradicionais do agronegócio brasileiro alcançaram recordes históricos para o mês de outubro. Entre os destaques, encontram-se a soja em grãos, carne bovina, café, açúcar, milho, celulose, carne de frango e carne suína, todos registrando valores ou volumes de exportação sem precedentes na série histórica.
A China continua sendo o principal destino das exportações brasileiras, absorvendo US$ 4,95 bilhões, o equivalente a 32% do total. Os principais produtos exportados para o mercado chinês são soja em grãos e carne bovina. A União Europeia e os Estados Unidos ocupam as posições seguintes como principais destinos. A diversificação geográfica das exportações também se mostra bem-sucedida, com mercados emergentes como Egito, Índia e Irã demonstrando crescente participação, especialmente nas regiões da Ásia, Oriente Médio e Norte da África.
Além dos produtos tradicionais, o mês de outubro também revelou um desempenho notável em nichos menos explorados da pauta exportadora brasileira, indicando novas oportunidades para empresas de todos os portes. O amendoim apresentou um crescimento de 85,3% em volume, totalizando 33 mil toneladas. As exportações de rações para animais de estimação aumentaram 42,7%, atingindo US$ 43,2 milhões. O café solúvel registrou uma alta de 32,8% em valor, atingindo US$ 101 milhões. As sementes de oleaginosas tiveram uma expansão de 77% em volume e 41,8% em valor. O sebo bovino alcançou recordes tanto em valor (US$ 431 milhões) quanto em quantidade (390 mil toneladas), enquanto os feijões secos atingiram máximas históricas, com US$ 379,7 milhões e 452,8 mil toneladas.
O desempenho desses produtos menos tradicionais superou o dos itens tradicionais, com um crescimento de 9,1% em outubro e um aumento de 17,9% no acumulado de janeiro a outubro de 2025.
Este resultado expressivo é reflexo da estratégia de abertura de mercados, conduzida em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores. Em outubro, foram abertos 28 novos mercados, representando quase uma nova oportunidade por dia para as empresas brasileiras expandirem sua atuação internacional.
No período de janeiro a outubro de 2025, as exportações do agronegócio alcançaram US$ 141,97 bilhões, um aumento de 1,4% em relação ao mesmo período de 2024. As importações de produtos agropecuários totalizaram US$ 17 bilhões, com um aumento de 4,9%, resultando em um superávit de US$ 124,97 bilhões, ligeiramente superior ao registrado no ano anterior.



