Redução de tarifas dos eua anima exportadores de carne e café do brasil
A recente ordem executiva assinada pelo presidente dos Estados Unidos, que determina a diminuição de tarifas sobre produtos brasileiros como café, carne, frutas e açaí, gerou reações positivas entre entidades do agronegócio nacional. A medida é encarada como um passo inicial significativo para atenuar barreiras comerciais que dificultam o acesso de produtos do Brasil ao mercado americano.
Um dos setores mais impactados é o do café, tendo em vista que os EUA representam o principal destino das exportações brasileiras desse produto. O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) comunicou que está avaliando as implicações da ordem executiva.
O presidente do Cecafé, enfatizou a existência de duas tarifas atualmente aplicadas pelos EUA ao café brasileiro: uma tarifa base de 10% e uma tarifa adicional de 40%. Ressaltou que ainda é preciso determinar se a nova legislação se aplica à tarifa de 10%, à de 40% ou a ambas.
O setor de proteína animal também expressou otimismo em relação à notícia. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), declarou que a decisão norte-americana demonstra uma inclinação para negociações, principalmente em vista dos impactos das tarifas atuais na competitividade da carne brasileira no mercado dos EUA.
De acordo com o presidente da Abiec, a ordem executiva indica que Washington reconhece a necessidade de reavaliar medidas implementadas anteriormente.
Ele enfatizou que ainda não é claro qual tarifa será reduzida, mas considera a decisão um marco relevante para o restabelecimento do fluxo comercial direto entre Brasil e Estados Unidos, principalmente para produtos bovinos.
O presidente da Abiec também destacou que as negociações tiveram forte componente diplomático, influenciadas por encontros recentes entre representantes dos dois países, incluindo conversas entre os presidentes.
O presidente da Abiec reforçou que uma possível redução tarifária pode recolocar a carne bovina brasileira em condições de competir no mercado americano. Ele recordou que os EUA são grandes consumidores de cortes específicos, o que abre espaço para produtos como carne moída, hambúrguer e outros itens da indústria frigorífica nacional.
Tanto o Cecafé quanto a Abiec enfatizam a importância da cautela no momento. As entidades aguardam a publicação completa da ordem executiva e o detalhamento dos percentuais que serão efetivamente reduzidos. Até lá, técnicos permanecem em diálogo com autoridades americanas e com o governo brasileiro para entender os próximos passos.
Apesar das incertezas, o clima no agronegócio é de otimismo. A redução tarifária sobre café, carne e outros produtos pode representar um impulso importante nas exportações brasileiras, especialmente em um mercado americano com forte demanda e grande capacidade de absorção de alimentos.


