Banco central reforça segurança do pix com alertas contra golpes

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O Banco Central (BC) está implementando medidas para fortalecer a segurança do sistema Pix, visando proteger os usuários de fraudes e golpes. A principal mudança é a criação de um sistema de alerta padronizado que será exibido aos usuários quando uma transação apresentar sinais de risco.

A medida surge em resposta ao aumento significativo de ataques cibernéticos e desvios financeiros realizados através do Pix. O objetivo é reduzir as fraudes, aumentar a transparência e garantir um processo de transferência mais seguro para todos os usuários.

Nos últimos anos, o Pix se consolidou como o principal meio de pagamento digital no Brasil, mas o aumento do uso também atraiu a atenção de golpistas que buscam explorar o sistema para aplicar fraudes difíceis de rastrear. Um caso recente, divulgado pela Polícia Federal em parceria com a Interpol, revelou o desvio de mais de R$ 813 mil em um ataque hacker que comprometeu contas de reservas de instituições financeiras.

O novo sistema de alerta inserirá uma etapa adicional no processo de transferência quando o banco identificar algum risco na operação. Uma tela de alerta será exibida ao cliente, informando sobre a suspeita e perguntando se ele deseja prosseguir com a transação.

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As mensagens serão claras e objetivas, destacando o risco detectado e permitindo que o cliente revise a transação antes de confirmá-la. O BC acredita que muitas fraudes podem ser evitadas se o usuário tiver mais informações sobre o destinatário.

Entre os critérios que podem acionar o alerta estão: envio para uma chave com histórico de denúncias, comportamento incomum do usuário, valores muito acima da média, transações realizadas em sequência para o mesmo destinatário e sinais de possível engenharia social.

Além do sistema de alerta, o BC também está reforçando o uso do Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) como ferramenta de verificação. O DICT armazena informações sobre as contas usadas no Pix e registra chaves apontadas como fraudulentas.

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Quando uma chave é marcada como envolvida em golpes, o sistema deverá impedir a conclusão da transação, sem necessidade de intervenção humana. Esse bloqueio automático visa evitar que valores sejam enviados para contas usadas por criminosos.

O BC também está intensificando a fiscalização das instituições financeiras participantes do Pix, exigindo o cumprimento de requisitos de capital e patrimônio líquido. Instituições que não atenderem a esses requisitos poderão sofrer sanções.

A colaboração entre o BC, a Polícia Federal e as instituições financeiras também está sendo reforçada para rastrear crimes e identificar responsáveis por ataques sofisticados.

Com as novas medidas, o usuário terá maior proteção contra golpes, uma experiência mais transparente e a prevenção de perdas financeiras.

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O BC também reforça a importância da educação digital, recomendando que os usuários nunca confiem em pedidos urgentes sem confirmar a identidade da pessoa, evitem clicar em mensagens suspeitas, confiram os detalhes do destinatário, ativem a autenticação em duas etapas e desconfiem de ofertas com vantagens exageradas.

Para o futuro, o BC já trabalha em outros mecanismos que podem trazer ainda mais proteção ao sistema, como modelos avançados de inteligência artificial, integração com bases de dados antifraude internacionais, novos tipos de autenticação e requisitos adicionais para instituições com maior índice de incidentes.

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