Suno amplia fundo de fazendas com captação de r$ 59 milhões
A Suno concluiu a oferta subsequente (follow-on) do SNFZ11, seu Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro) de terras. A operação resultou na captação de R$ 59 milhões, elevando o patrimônio líquido total do fundo para R$ 120 milhões.
A oferta, lançada há cerca de três meses, foi viabilizada por um investidor âncora, que garantiu mais da metade do montante. A Jequitibá, empresa do setor agrícola liderada pelo empresário João Caetano Mello, atuou como investidora âncora no follow-on.
Com a captação, o SNFZ11 fortaleceu sua liquidez. O fundo já possuía R$ 30 milhões alocados em renda fixa e agora conta com o capital necessário para efetuar as aquisições recentes de duas fazendas, cujos pagamentos serão realizados em dez parcelas anuais.
Os recursos da oferta serão integralmente destinados a Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) da Jequitibá, seguindo uma estrutura de financiamento já utilizada pela Suno em outras operações. No SNAG11, Fiagro de crédito da gestora, empresas como Boa Safra e Leitíssimo ancoraram ofertas e, simultaneamente, emitiram CRAs para os fundos.
O CRA da Jequitibá, com remuneração de CRI+3,15% ao ano, foi estruturado pela Suno e integralmente absorvido pelo SNFZ11. De acordo com Vitor Duarte, gestor da Suno Asset, a decisão de alocar todos os recursos da oferta em um único emissor se justifica pela relação entre risco e retorno.
Segundo Duarte, a relação entre o risco e o retorno do CRA da Jequitibá é considerada favorável, dado o percentual de garantia. Ele argumenta que não há outros CRAs no mercado secundário com essa mesma combinação de risco e retorno.
Enquanto o follow-on do SNFZ11 era finalizado, o SNAG11, o Fiagro de crédito da Suno, também apresentou resultados positivos. As cotas do fundo acumularam valorização de 11,4% no ano, alcançando o maior patamar e se aproximando do valor patrimonial do fundo, que é de R$ 626 milhões.
Tiago Reis, fundador da Suno, destaca a ausência de problemas de crédito como um diferencial da gestora. Ele afirma que nem o SNAG11 nem o SNFZ11 enfrentaram problemas de recuperação judicial ou inadimplência.
Diante desse cenário, a possibilidade de um novo follow-on em 2026 é considerada. Com a expectativa de queda da taxa Selic, a Suno avalia que uma nova janela de oportunidade poderá surgir no início do próximo ano.



