Dois psp permanecem presos por tortura e abuso contra moradores de rua

Dois agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP), lotados na Esquadra do Rato, continuarão sob prisão preventiva, conforme decisão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL). A medida cautelar foi mantida após os policiais serem detidos em julho, acusados de sequestro e tortura contra dois indivíduos em situação de rua.
O acórdão judicial, emitido neste mês, detalha que os agentes enfrentam acusações de sequestro agravado, tortura e submissão das vítimas a “tratamento cruel, degradante e desumano”.
Os eventos sob investigação remontam a 2024. A apuração dos fatos teve início a partir de uma denúncia interna da Direção Nacional da PSP, após autoridades tomarem conhecimento das suspeitas envolvendo os dois agentes, um pertencente à Primeira Divisão Policial e o outro ao Comando Metropolitano de Lisboa.
As investigações apontam que os suspeitos abordaram os dois moradores de rua sob a alegação de suspeita de furto em um estabelecimento comercial. Após a abordagem, teriam agredido violentamente as vítimas dentro da Esquadra do Rato.
Um dos agentes é acusado de agredir os dois homens, ambos usuários de drogas, com socos e pontapés. A acusação detalha que o policial teria introduzido um “bastão no ânus” de uma das vítimas, forçando-a a cheirá-lo. A denúncia aponta ainda que outros policiais presentes filmaram a cena e zombaram da situação.
O outro policial detido é acusado de tentar inserir o cabo de uma vassoura no ânus da outra vítima. Além disso, ambos os agentes são acusados de forçar os dois homens a simularem atos sexuais entre si.
O acórdão judicial indica que, se comprovadas as acusações, a pena para os crimes imputados aos policiais poderá ser superior a cinco anos de prisão.
Fonte: www.noticiasaominuto.com

