Inhotim: o gigante museu mineiro a céu aberto que desafia um dia de visita

Em Minas Gerais, a arte encontra a natureza em um museu sem igual. O Instituto Inhotim, localizado em Brumadinho, a cerca de 60 km de Belo Horizonte, ostenta o título de maior museu a céu aberto do mundo, com uma área total de aproximadamente 786 hectares, dos quais 140 são destinados à visitação pública.
O espaço, que se destaca internacionalmente, combina um vasto acervo de arte contemporânea de artistas renomados com um exuberante jardim botânico. Situado em uma região de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado, o Inhotim oferece uma experiência única aos seus visitantes.
A história do Instituto começou em 2002, quando o empresário mineiro Bernardo de Mello criou o “Instituto Cultural Inhotim” com o objetivo de reunir e expor obras de arte. No entanto, foi somente em 2006 que o espaço abriu suas portas ao público. Em 2008, o Governo de Minas Gerais o reconheceu como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), e em 2010, a Comissão Nacional de Jardins Botânicos o reconheceu como Jardim Botânico.
O jardim botânico desempenha um papel fundamental na missão de conservação e educação do Inhotim. Seus laboratórios se dedicam ao mapeamento e preservação de espécies típicas da Mata Atlântica e do Cerrado, promovendo a educação ambiental e a conscientização sobre práticas sustentáveis.
Além das obras fixas, o museu abriga exposições itinerantes, tornando cada visita uma experiência única. O acervo impressiona pela sua diversidade, com cerca de 1.860 obras de mais de 280 artistas de 43 países diferentes. O museu conta com 24 galerias, sendo quatro para exposições temporárias e 20 para exposições permanentes.
Entre as obras mais notáveis, destacam-se a “Galeria Praça”, localizada próxima à recepção, que abriga obras como ‘Forty Part Motet’, de Janet Cardiff, “True Rouge”, uma instalação do artista Tunga que explora a cor vermelha, “Sonic Pavilion”, também conhecida como “Som da Terra”, de Doug Aitken, que permite aos visitantes ouvir os sons das profundezas da terra, e “Invenção da Cor, Penetrável Magic Square 5”, de Hélio Oiticica, composta por nove paredes coloridas.
No jardim botânico, os visitantes podem apreciar espécies nativas do Cerrado e da Mata Atlântica, além de espécies raras como a orquídea Catasetum x inhotimensis, a extinta palmeira-azul e a famosa “Flor Cadáver” (Amorphophallus titanum).
Os ingressos para o Inhotim podem ser adquiridos online ou na bilheteria do parque. O museu oferece opções de transporte interno, como carrinhos elétricos, para facilitar a locomoção dos visitantes. Há também pontos de alimentação espalhados pelo museu, e os visitantes podem levar seus próprios lanches para fazer um piquenique em áreas designadas. No entanto, não é permitido consumir alimentos e bebidas dentro das galerias ou próximo às obras.
Para garantir uma visita agradável, é importante seguir algumas regras: não é permitido entrar com animais domésticos, tocar nas obras de arte ou falar ao telefone celular nas galerias. Ao respeitar essas diretrizes, os visitantes podem desfrutar de uma experiência incrível no Instituto Inhotim, um tesouro da arte e da natureza em Minas Gerais.
Fonte: www.tempo.com

