Semeadura de soja no piauí enfrenta desafios climáticos e preocupa produtores

A semeadura da safra de soja 2025/26 no estado do Piauí enfrenta um cenário preocupante, com aproximadamente 29% da área estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já cultivada. De acordo com a Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja Piauí), esse percentual corresponde a 1,148 milhão de hectares. A expectativa é de um avanço de 4,6% na área cultivada em relação à temporada anterior.
Segundo o presidente da Aprosoja Piauí, Janailton Fritzen, a irregularidade das chuvas no estado é um fator determinante para a preocupação. A instabilidade climática contrasta com a regularidade observada na safra passada, resultando em um ritmo de plantio lento. O impacto dessa situação na produtividade ainda é incerto, e não se sabe se será possível repetir a média de 4.200 quilos por hectare alcançada anteriormente. A previsão de chuvas no curto prazo traz um alívio para o setor.
O diretor executivo da Aprosoja Piauí, Rafael Maschio, ressalta que a semeadura já acumula um atraso de pelo menos 20 dias. Esse atraso pode comprometer entre 10% e 20% da área projetada para o milho safrinha. Além disso, parte das lavouras já implantadas pode necessitar de replantio devido às condições climáticas irregulares.
Apesar dos desafios, as estimativas da Conab apontam para uma possível produção de 4,081 milhões de toneladas de soja no Piauí na safra 2025/26, representando um aumento de 8% em relação ao ciclo anterior. A produtividade média também deve apresentar um crescimento de 3,3%, atingindo 3.554 quilos por hectare. O cenário permanece instável e sujeito às variações climáticas que têm marcado o início da safra.



