Queda nas vendas: desafios da tesla no mercado chinês acendem alerta

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As vendas da Tesla na China atingiram um patamar preocupante em outubro, o mais baixo dos últimos três anos, intensificando os receios de uma possível retração anual em 2025. Este desempenho levanta questões sobre a sustentabilidade da montadora no competitivo mercado chinês de veículos elétricos.

A desaceleração nas vendas da Tesla é atribuída a uma combinação de fatores, incluindo a crescente concorrência de marcas locais como Li Auto e NIO, além de uma acirrada guerra de preços em um cenário econômico desafiador. Em outubro, a participação de mercado da Tesla no segmento de veículos elétricos na China foi de apenas 3,2%, uma queda significativa em relação aos 8,7% registrados em setembro.

A ascensão de novas montadoras chinesas representa um desafio direto para a Tesla. A Xiaomi, por exemplo, tem ganhado terreno rapidamente, com seus modelos sedã SU7 e esportivo YU7 alcançando recordes de vendas. No terceiro trimestre deste ano, a Xiaomi comercializou quase 109 mil veículos, aproximando-se das 170 mil unidades vendidas pela Tesla no mesmo período. Outra empresa que se destaca é a Leapmotor, que, apesar de ter sido fundada em 2015, tem superado concorrentes em vendas e valorização de ações neste ano.

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Além da concorrência de marcas focadas em veículos elétricos, a Tesla também enfrenta a preferência dos consumidores chineses por opções mais acessíveis. O carro elétrico mais vendido na China neste ano é o Geely Geome Xingyuan, que atrai um público que busca um melhor custo-benefício.

Especialistas do setor automotivo sugerem que a Tesla precisa inovar e renovar seus modelos para manter sua relevância no mercado chinês. A empresa tem utilizado estratégias como cortes de preços para impulsionar as vendas de seus modelos mais antigos. No entanto, a falta de acompanhamento das inovações apresentadas por concorrentes como Xiaomi, BYD e XPeng parece estar impactando negativamente o desempenho da Tesla.

No terceiro trimestre, a Tesla reportou um aumento de 12% na receita total em comparação com o ano anterior, totalizando US$ 28,10 bilhões, após duas quedas consecutivas. Apesar desse crescimento global, a empresa também enfrentou uma queda nas vendas na Europa, devido à concorrência de marcas como BYD e Volkswagen, sinalizando que os desafios competitivos se estendem além do mercado chinês.

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