Anvisa proíbe venda de vinagre e outros alimentos; entenda o motivo

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, nesta quarta-feira, a retirada imediata de circulação de três produtos alimentícios em todo o país. A medida impacta diretamente o mercado de vinagre de maçã, pó para preparo de bebida vegetal e picolés.

A proibição mais notória recai sobre o Vinagre de Maçã da marca Castelo, fabricado pela Castelo Alimentos S/A. A decisão foi motivada por um laudo condenatório emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Distrito Federal. A análise revelou que o produto apresenta uma quantidade não declarada de dióxido de enxofre, substância utilizada como conservante.

A presença de dióxido de enxofre não informada no rótulo configura uma grave infração às normas de rotulagem e segurança alimentar, representando um risco potencial à saúde pública. Indivíduos sensíveis a esse composto químico podem sofrer reações alérgicas severas ao consumir o vinagre sem ter conhecimento da presença da substância.

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Além do vinagre, a Anvisa também suspendeu a comercialização, distribuição, fabricação, divulgação e consumo do “Pó para preparo de bebida vegetal” das marcas Livestrong e Essential Nutrition, produzido pela INP Indústria de Alimentos Ltda. A irregularidade detectada reside na presença de proteína de fava hidrolisada na composição do produto. Essa proteína não passou por avaliação de segurança para uso em alimentos no Brasil, o que a torna não autorizada pela legislação sanitária vigente.

Outro produto afetado pela medida é o Picolé de Açaí, Guaraná e Canela Naturalle Ice, fabricado pela J M J Re Torres Indústria de Alimentos Ltda. A Anvisa suspendeu todas as etapas da cadeia produtiva e de comercialização desse picolé devido à presença de creatina em sua formulação. A creatina, atualmente, não possui aprovação para uso em alimentos pela Anvisa, sendo permitida apenas em suplementos alimentares destinados ao público adulto.

A agência reguladora enfatiza que a utilização de ingredientes sem a devida avaliação de segurança coloca em risco a saúde dos consumidores e representa uma violação das normas sanitárias brasileiras.

Diante desse cenário, a Anvisa orienta os consumidores que possuam os produtos mencionados a não consumi-los. A recomendação é que os consumidores entrem em contato com os fabricantes ou os estabelecimentos comerciais onde realizaram a compra para obter informações sobre os procedimentos de devolução e reembolso.

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As empresas responsáveis pelos produtos irregulares devem iniciar imediatamente o recolhimento dos lotes em questão e informar seus canais de distribuição sobre a suspensão imposta pela autoridade sanitária.

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