Apicultura sustentável impulsiona economia no alto jequitinhonha

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A apicultura está se estabelecendo como uma fonte de renda viável e ecologicamente correta para famílias de agricultores em Couto Magalhães de Minas e outras áreas do Alto Jequitinhonha, em Minas Gerais. Este progresso é fruto da iniciativa “Produção de Mel e Própolis Verde no Alto Jequitinhonha”. O projeto é liderado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater-MG), em colaboração com a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, a Codevasf e a Associação dos Apicultores de Couto de Magalhães de Minas (Apicouto).

Desde 2015, a iniciativa tem transformado a paisagem econômica local, beneficiando aproximadamente 100 apicultores da região. O suporte abrange assistência técnica especializada, fornecimento de equipamentos essenciais e programas de capacitação projetados para fortalecer a atividade apícola. Segundo o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Assis Antônio Vieira, este apoio tem sido fundamental para superar obstáculos como a escassez de recursos e as dificuldades inerentes à comercialização de mel e própolis. “A parceria tem gerado emprego, renda e valorização dos produtos locais”, afirma o secretário.

José Dilson Pereira Coelho, extensionista da Emater-MG, destaca a geografia singular da região como um fator chave para o sucesso da apicultura local. Ele aponta que as condições naturais são propícias para a criação de abelhas, resultando em uma produção de alta qualidade. “O aproveitamento da florada nativa e a diversificação da produção têm garantido um mel de alto valor agregado, com sabor e aroma únicos, representando a biodiversidade local”, explica.

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Com mais de uma década de experiência na área, o presidente da Apicouto, André Marcos da Silva, enfatiza os resultados positivos alcançados. A associação, que atualmente representa 20 produtores e administra mais de 400 colmeias de abelhas africanizadas, é responsável pelo processamento e venda dos produtos apícolas. “A capacitação reduziu o desperdício, aumentou a qualidade e abriu novos mercados, especialmente nas feiras da região”, relata.

Osvaldo Aparecido de Meira, proprietário do Apiário Paineira, compartilha sua experiência, afirmando que o apoio recebido foi crucial para a continuidade de seu negócio. “A doação de equipamentos veio em boa hora e ajudou muito a manter a atividade”, diz Meira.

Além de promover a geração de renda, o projeto incentiva a adoção de práticas sustentáveis no campo. As iniciativas da Emater-MG incluem o manejo orgânico das colmeias, a preservação da vegetação nativa e a diversificação das floradas, fortalecendo tanto a atividade apícola quanto a agricultura familiar na região.

O secretário Assis Antônio reforça que a colaboração entre a Emater, a prefeitura, o Senar, a Codevasf e a Apicouto consolida a apicultura como um dos setores mais promissores da economia local. “A união entre Emater, prefeitura, Senar, Codevasf e Apicouto é essencial para garantir continuidade, apoio técnico e segurança aos produtores”, conclui.

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