Exportações chinesas para países lusófonos apresentam leve aumento até outubro

As exportações da China para os países de língua portuguesa registraram um aumento de 0,9% até outubro, totalizando US$ 72,6 bilhões. Apesar do crescimento, o volume ainda não superou o recorde de US$ 85,5 bilhões alcançado em 2024.
O desempenho positivo foi impulsionado, principalmente, pelo aumento nas vendas para Angola. As exportações chinesas para o país africano saltaram 51,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo US$ 4,04 bilhões.
O Brasil, embora continue sendo o principal comprador de produtos chineses no bloco lusófono, apresentou uma leve queda de 2,9% nas importações, totalizando US$ 59 bilhões. Em contrapartida, Portugal elevou suas compras da China em 14,8%, alcançando US$ 5,88 bilhões.
No sentido oposto, as exportações dos países de língua portuguesa para a China sofreram uma redução de 5,9%, atingindo US$ 112,2 bilhões nos primeiros dez meses do ano. Este é o menor valor para o período desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020.
A queda nas exportações foi influenciada, sobretudo, pelo desempenho do Brasil, o maior fornecedor lusófono para o mercado chinês. As vendas brasileiras recuaram 4,7%, totalizando US$ 94,9 bilhões. Angola, o segundo maior parceiro comercial da China no bloco, também registrou uma queda de 12,8% nas exportações, atingindo US$ 12,9 bilhões. As vendas de Portugal para a China também diminuíram 7,6%, ficando em US$ 2,39 bilhões.
Seis dos nove países de língua portuguesa apresentaram redução nas exportações para o mercado chinês. Moçambique registrou uma queda de 8%, com vendas totalizando US$ 1,35 bilhão, enquanto a Guiné Equatorial viu suas exportações encolherem 28,5%, para US$ 634,3 milhões. Cabo Verde apresentou a maior queda, com uma diminuição de 37,1% e vendas de apenas US$ 8 mil.
Em contrapartida, Timor-Leste se destacou com um aumento expressivo nas exportações para a China, saltando de US$ 632 mil para US$ 26,8 milhões em um ano. São Tomé e Príncipe também registraram um crescimento significativo, com as vendas aumentando nove vezes, para US$ 51 mil. As exportações da Guiné-Bissau passaram de zero para US$ 8 mil.
A China continua a registrar um déficit comercial com o bloco lusófono, que atingiu US$ 39,6 bilhões nos primeiros dez meses de 2025. No total, as trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China somaram US$ 184,8 bilhões, uma diminuição de 3,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Fonte: www.noticiasaominuto.com

