Bolsa família turbinado: famílias podem receber até r$ 900
O programa Bolsa Família, pilar central das políticas sociais do governo, continua a ser um instrumento vital no combate à pobreza, atendendo atualmente a 48,59 milhões de brasileiros. O programa garante um valor base de R$ 600 para famílias que atendem aos requisitos. No entanto, a inclusão de benefícios adicionais, definidos pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), pode elevar significativamente o valor recebido por muitas famílias, ultrapassando os R$ 900 mensais, dependendo da composição familiar e do perfil de seus membros.
Desde a reformulação do programa, o governo federal implementou uma série de benefícios extras voltados para públicos específicos, como crianças, gestantes e nutrizes. A soma desses valores adicionais permite que o repasse mensal seja maior que o valor mínimo estabelecido.
Entre os principais acréscimos está o Benefício Primeira Infância (BPI), que concede R$ 150 por criança de 0 a 6 anos. Famílias com mais de uma criança nessa faixa etária recebem o valor multiplicado. Outro adicional é o Benefício Variável Familiar (BVF), que garante R$ 50 para cada membro da família entre 7 e 18 anos incompletos, além de gestantes e nutrizes. O Benefício Variável Gestante (BVG) adiciona R$ 50 mensais para gestantes durante todo o período de gravidez, condicionado à comprovação do pré-natal. Já o Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN) garante R$ 50 por mês para famílias com bebês de até 6 meses.
Para garantir que as famílias recebam corretamente os benefícios adicionais, é fundamental manter o Cadastro Único (CadÚnico) atualizado. Qualquer mudança na composição familiar, como nascimento, gravidez, mudança de endereço, novo emprego ou alteração de renda, deve ser comunicada ao CRAS ou ponto de atendimento do CadÚnico. Os documentos necessários para a atualização incluem RG e CPF de todos os moradores, comprovante de residência recente, certidão de nascimento ou casamento, carteira de trabalho e comprovantes de renda, além da declaração escolar para crianças e adolescentes.
A atualização cadastral garante a inclusão de novos adicionais, a manutenção do benefício sem bloqueios, a correção de informações que impactam no valor final e evita a suspensão temporária por divergências no sistema.
Para ter acesso ao Bolsa Família, é necessário atender aos critérios de elegibilidade estabelecidos pelo governo federal, incluindo renda por pessoa igual ou inferior a R$ 218 mensais e inscrição no CadÚnico. Além disso, as famílias devem cumprir condicionalidades nas áreas de saúde e educação, como frequência escolar mínima obrigatória, carteira de vacinação atualizada, acompanhamento pré-natal para gestantes e monitoramento nutricional de crianças até 7 anos. O descumprimento dessas condicionalidades pode levar ao bloqueio temporário, à suspensão e, em casos extremos, ao cancelamento do benefício.
O processo de solicitação do Bolsa Família não é automático. Mesmo atendendo aos critérios, a família precisa comparecer ao CRAS mais próximo para cadastrar a família, levar todos os documentos necessários e aguardar a análise do governo federal. Após a aprovação, o benefício é depositado na Poupança Social Digital, acessada pelo aplicativo Caixa Tem. Os valores também podem ser sacados nas lotéricas ou agências.
O Bolsa Família continua a ser um instrumento fundamental para a redução da pobreza no Brasil. Com os adicionais previstos nas regras atuais, o valor mensal pode ultrapassar R$ 900 para famílias com crianças, adolescentes, gestantes ou nutrizes.

