Obra de mauricio de sousa é agora patrimônio cultural de São Paulo
A obra de Mauricio de Sousa, o renomado criador da Turma da Mônica, foi oficialmente reconhecida como patrimônio cultural imaterial da capital paulista. A legislação que confere esse título foi sancionada pelo prefeito Ricardo Nunes nesta segunda-feira, marcando um importante reconhecimento à trajetória de mais de seis décadas do cartunista.
Mauricio de Sousa, natural de Santa Isabel, passou parte de sua vida em Mogi das Cruzes antes de se estabelecer em São Paulo. Sua jornada profissional teve início no jornalismo policial. Em 1959, ele deu seus primeiros passos no mundo dos quadrinhos ao publicar sua primeira tira, que apresentava os personagens Bidu e Franjinha. Pouco tempo depois, surgiram Cebolinha e Mônica, esta última que logo se consolidaria como a personagem principal e figura central de suas histórias.
Ao longo de sua carreira, Mauricio de Sousa criou um universo rico e diversificado, com mais de 400 personagens. Suas histórias em quadrinhos desempenharam um papel fundamental na alfabetização de inúmeras crianças em todo o Brasil. O cartunista, que completou 90 anos em 27 de outubro, tem sido alvo de diversas homenagens, incluindo uma cinebiografia que está atualmente em exibição nos cinemas.
O título de patrimônio cultural imaterial ressalta a relevância da obra de Mauricio de Sousa que transcende as páginas dos gibis. Suas criações ganharam vida no cinema, na televisão, nos jogos e no teatro, alcançando um público vasto e diversificado. Os estúdios da Mauricio de Sousa Produções, agora conhecidos como MSP Estúdios, estão localizados no bairro da Lapa, na zona oeste da capital paulista.
Como parte das homenagens, a cidade planeja instalar 90 esculturas de personagens em diversas regiões no próximo ano. Além disso, Mauricio de Sousa será homenageado com um banco no Viaduto do Chá, um dos pontos emblemáticos da cidade.
