Casa submarina promete revolucionar a exploração marinha e a vida subaquática
Um novo habitat submarino, chamado Vanguard, foi projetado para permitir que equipes de até quatro pessoas vivam e trabalhem debaixo d’água por períodos prolongados, de sete dias ou mais. Desenvolvido pela empresa britânica DEEP, o projeto visa facilitar a exploração oceânica e expandir o conhecimento sobre o ambiente marinho para cientistas, ambientalistas e exploradores.
A iniciativa DEEP busca inaugurar uma nova era de vida subaquática, tornando a presença humana no ambiente aquático mais acessível e sustentável. A empresa argumenta que ao possibilitar a permanência submersa por tempos mais longos, o Vanguard permitirá pesquisas mais aprofundadas e a observação em tempo real dos ecossistemas marinhos.
Com 12,1 metros de comprimento e 3,7 metros de largura, o habitat submarino opera a uma profundidade de até 50 metros. Sua estrutura é construída inteiramente em aço e conta com uma boia de apoio na superfície, que fornece ar, água, eletricidade, comunicações e sistema de remoção de resíduos. A vida útil do Vanguard é estimada em 10 anos de implantação contínua.
O Vanguard opera à pressão ambiente, o que significa que a pressão interna do habitat se iguala à pressão externa da água. Isso permite que os tripulantes se movam livremente entre o interior do habitat e o oceano, sem a necessidade de descompressão prolongada.
O acesso ao Vanguard se dá através da boia de apoio, onde as equipes se equipam antes de mergulhar até a entrada do habitat, localizada através de uma piscina central. A câmara habitacional principal é onde a tripulação descansa, se alimenta, trabalha e realiza suas atividades diárias quando não está submersa. O espaço inclui áreas multifuncionais de trabalho e lazer, além de cozinha e banheiros. O centro de mergulho facilita a troca de equipamentos e o acesso à piscina central, permitindo entradas e saídas convenientes para atividades subaquáticas.
A DEEP acredita que o Vanguard pode revolucionar áreas como a restauração de recifes de coral, o monitoramento climático e até mesmo o treinamento de astronautas para futuras missões espaciais. A empresa planeja continuar aprimorando a tecnologia e as operações do habitat, com o objetivo de tornar a vida subaquática uma realidade mais comum e acessível. O projeto é visto como um convite para redescobrir o planeta e aprofundar a conexão com os oceanos.
