Município de mato grosso espera colheita recorde de pequi em 2025

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Agricultores familiares de Ribeirão Cascalheira, em Mato Grosso, preveem um aumento significativo na colheita de pequi em 2025. A expectativa é que a safra cresça 30%, atingindo aproximadamente 520 toneladas do fruto. O otimismo já movimenta o mercado local, com nove revendedores iniciando as aquisições para abastecer diversos estados, incluindo Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, o Distrito Federal, e polos como Itumbiara, Rio Verde e Cuiabá.

O pequi se consolida como um importante pilar da economia local. A caixa de 30 quilos é comercializada a R$ 1,00 o quilo. Segundo informações, a atividade sustenta cerca de 1,5 mil famílias de agricultores familiares nesta época do ano. No ano anterior, foram vendidas 400 toneladas, e a produção diária atual alcança cerca de 1,2 mil caixas.

Ribeirão Cascalheira é considerada a capital do pequi em Mato Grosso durante o período da colheita, concentrando uma safra que se estende por aproximadamente 100 dias. A colheita, iniciada em 15 de outubro, tem previsão de seguir até meados de dezembro. Estima-se que cerca de 80% do pequi colhido na região seja proveniente do extrativismo.

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O tipo de solo da região favorece o cultivo do pequi, que é nativo da área. A Central Estadual de Abastecimento, localizada no Distrito Industrial de Cuiabá, desempenha um papel crucial como principal compradora e distribuidora do fruto para todo o estado. A Ceasa se destaca como a maior compradora para as cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Primavera do Leste e Rondonópolis.

Um comprador da empresa Top Frutas de Cuiabá, que atua na região de Ribeirão Cascalheira durante a safra, distribui o pequi para diversas localidades, incluindo Goiânia, Brasília, Itumbiara, Rio Verde, Cuiabá, Montes Claros, Minas Gerais e outras regiões. A empresa carrega, em média, dois caminhões por dia, totalizando cerca de 1,2 mil caixas diariamente e 40 mil caixas por colheita.

Ribeirão Cascalheira possui cerca de 280 hectares dedicados ao cultivo do pequi, sendo 150 hectares de plantas nativas e 130 hectares de áreas de plantio, destinadas ao reflorestamento de áreas degradadas e à recuperação de áreas de proteção permanente.

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