Carteira de motorista fica mais barata com novas regras
A obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) pode se tornar mais acessível com a aprovação de novas diretrizes. As recentes mudanças no processo de habilitação visam reduzir custos, flexibilizar o estudo teórico e as aulas práticas, democratizando o acesso ao documento.
A principal alteração é a eliminação da obrigatoriedade de aulas em autoescolas para a realização do exame de direção. O objetivo é tornar a CNH mais acessível, especialmente para candidatos que não conseguiam arcar com os custos, que em algumas regiões, ultrapassavam R$ 5 mil.
A estimativa é que a economia para quem iniciar o processo agora pode chegar a 80% do valor total. Essa redução é possível porque o candidato passa a ter mais autonomia para estudar e treinar, escolhendo apenas os serviços que deseja contratar.
Na etapa teórica, o candidato poderá estudar o conteúdo por meio do aplicativo da Carteira Digital de Trânsito ou acessar o material disponibilizado. Também existe a opção de frequentar aulas em autoescolas ou instituições credenciadas, caso prefira. Essa flexibilização permite que o processo seja adaptado à rotina do aluno, sem custos obrigatórios com aulas presenciais.
A parte prática também foi reformulada, com a redução da exigência mínima de aulas de 20 horas para apenas 2 horas-aula, tornando o processo mais rápido e menos oneroso. O candidato poderá escolher entre treinar com autoescolas, contratar instrutores autônomos credenciados ou optar por treinamentos personalizados.
Outra inovação é a possibilidade de utilizar o próprio veículo nas aulas práticas, reduzindo gastos com aluguel de carro de autoescola e tornando o treinamento mais confortável, já que o aluno dirige um veículo com o qual está familiarizado.
Apesar da flexibilização, continuam obrigatórios o exame teórico, a prova prática, a coleta biométrica e o exame médico. O processo ficou mais barato, mas mantém critérios de segurança e avaliação.
Especialistas avaliam que os novos modelos de treinamento podem movimentar o mercado automotivo e abrir espaço para novos profissionais, como instrutores independentes. Além disso, o preço menor deve aumentar a demanda por habilitação, ampliando o número de motoristas com documento regularizado. Autoescolas tradicionais, por sua vez, devem adaptar serviços e criar ofertas mais competitivas para continuar relevantes.
Para obter a CNH pelas novas regras, o candidato deve iniciar o processo por meio do site ou aplicativo oficial, estudar o conteúdo teórico, cumprir as 2 horas de prática obrigatória , fazer a biometria e os exames obrigatórios, e realizar as provas teórica e prática.
Analistas do setor de trânsito acreditam que a redução de custos pode ampliar o acesso ao documento em regiões mais pobres do país, beneficiando especialmente jovens e trabalhadores que dependem da habilitação para buscar oportunidades de emprego. No entanto, outros especialistas ressaltam a importância de manter padrões de qualidade na formação de novos condutores, para evitar impactos na segurança viária.
Embora o processo tenha sido flexibilizado, algumas etapas continuam intactas para garantir segurança, como a necessidade de exames médicos, a prova teórica e prática, os requisitos de identificação biométrica e os critérios de avaliação unificados. A mudança afeta principalmente o caminho até a prova, mas não reduz a exigência de competência para conduzir veículos.


