À espera do usda, cotações da soja disparam e negócios se aquecem no brasil

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O mercado de soja no Brasil experimentou um aumento generalizado nas cotações nesta quinta-feira, impulsionado por um ritmo mais intenso de negociações. Em Minas Gerais, o cenário foi de preços firmes e spreads elevados, com produtores buscando valores ainda maiores.

A disputa entre vendedores e compradores mantém as indicações acima da paridade de exportação em diversas regiões. A disponibilidade de soja no mercado spot está cada vez menor, à medida que a fase final da janela anual de exportação se aproxima. Apesar de algum volume ter sido movimentado em Paranaguá, a quantidade não foi expressiva.

A valorização observada em Chicago (CBOT), juntamente com a estabilidade dos prêmios, impactou diretamente o mercado físico brasileiro. Todas as atenções estão voltadas para o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), cujo lançamento amanhã tem potencial para influenciar o mercado no curto prazo.

Os preços da soja registraram as seguintes variações em diferentes regiões:

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Passo Fundo (RS): de R$ 134,00 para R$ 135,00
Santa Rosa (RS): de R$ 135,00 para R$ 136,00
Cascavel (PR): de R$ 135,00 para R$ 136,00
Rondonópolis (MT): de R$ 125,00 para R$ 127,00
Dourados (MS): de R$ 125,50 para R$ 127,50
Rio Verde (GO): manteve-se em R$ 128,00
Paranaguá (PR): de R$ 140,50 para R$ 142,00
Rio Grande (RS): de R$ 140,00 para R$ 142,50

Em Chicago, os contratos futuros da soja fecharam em alta, com os agentes reajustando suas posições antes da divulgação do relatório de novembro do USDA. O mercado também aguarda sinais de uma possível retomada das compras chinesas de soja americana.

O relatório do USDA é aguardado como um indicador da confiança nos acordos comerciais entre EUA e China, bem como das expectativas de aumento nas vendas de exportação de soja. Uma redução nas projeções do USDA pode indicar cautela em relação aos negócios em andamento.

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Após o fim da paralisação do governo americano, o USDA anunciou que divulgará as vendas diárias de grãos para exportadores privados, que não foram reveladas durante o período de 43 dias de interrupção. O mercado estará atento para verificar se a China realizou compras de soja entre outubro e o início de novembro.

Nos relatórios de vendas semanais, foram vendidas 724,5 mil toneladas de soja em grão na semana encerrada em 18 de setembro, e 870,5 mil toneladas na semana até 25 de setembro. A ausência da China entre os principais compradores continua sendo um ponto de preocupação.

Espera-se que o USDA reduza a projeção da safra dos EUA 2025/26 para 4,265 bilhões de bushels, em comparação com os 4,301 bilhões previstos em setembro. Os estoques de passagem devem atingir 292 milhões de bushels, abaixo dos 300 milhões estimados anteriormente.

No cenário global, os estoques finais de soja para 2024/25 estão projetados em 123,4 milhões de toneladas, comparados aos 123,6 milhões em setembro. Para 2025/26, a previsão é de 124,6 milhões de toneladas, acima dos 124 milhões projetados em setembro.

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Os contratos da soja em grão para janeiro fecharam com alta de 13,25 centavos de dólar, atingindo US$ 11,47 por bushel, enquanto os contratos para março subiram 12,75 centavos, cotados a US$ 11,56 3/4. No farelo, dezembro teve um aumento de US$ 7,40, chegando a US$ 328,40 por tonelada. No óleo, dezembro fechou com uma perda de 0,37 centavo, cotado a 50,25 centavos de dólar.

O dólar comercial encerrou o dia com uma alta de 0,09%, negociado a R$ 5,2971 para venda e R$ 5,2951 para compra, oscilando entre uma mínima de R$ 5,292 e uma máxima de R$ 5,303.

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