Ações da Apple atingem novo pico com otimismo sobre o iphone 17
Ações da Apple batem recorde em 2025 após recomendação de compra da Loop Capital e forte demanda pelo novo iPhone 17.

As ações da Apple registraram um novo recorde em 2025, impulsionadas por uma recomendação de compra da Loop Capital, que se junta a outras empresas ao prever um aumento na demanda pelo iPhone.
Os papéis da gigante tecnológica subiram até 3,1%, atingindo US$ 260,20, ultrapassando o valor máximo histórico registrado em dezembro. A Apple, que havia apresentado um dos piores desempenhos no índice S&P 500 durante grande parte do ano, com uma queda de até 31% em abril, viu suas ações se recuperarem em mais de 50% desde então, voltando a operar no positivo no final de setembro.
Essa recuperação está ligada a sinais de uma demanda mais forte do que o esperado pela última linha de iPhones, alimentando a esperança de um ciclo de atualização. Dados da Counterpoint Research indicam que a série iPhone 17 superou em 14% as vendas do iPhone 16 nos primeiros dez dias de lançamento nos Estados Unidos e na China.
De acordo com Ananda Baruah, analista da Loop, a Apple está no início de um aguardado ciclo de adoção, impulsionado por uma combinação de renovação e demanda catalisada por novos designs. A Loop Capital elevou seu preço-alvo para US$ 315, o mais alto do mercado, o que implica um potencial de valorização de cerca de 25% em relação ao fechamento da última sexta-feira.
Investidores esperavam um impacto semelhante com o lançamento do iPhone 16, mas ficaram desapontados, pois os recursos de inteligência artificial foram adiados ou cancelados.
A Evercore ISI também adicionou a ação à sua lista de desempenho tático superior, com base em dados que sugerem que o ciclo de renovação do iPhone pode ser mais expressivo do que o esperado.
Ben Reitzes, analista da Melius Research, acredita que a Apple está “recuperando o ritmo”, apontando para tendências positivas na China e “momentum nos novos modelos”, com futuros produtos atuando como catalisadores adicionais.
Apesar do otimismo, nem todos estão convencidos de que o impulso inicial do iPhone 17 justifica a avaliação da Apple. As ações estão sendo negociadas a mais de 32 vezes o lucro estimado, acima da média de 22 vezes dos últimos dez anos. A Apple também é mais cara que outras empresas do grupo Magnificent Seven, com exceção da Tesla Inc.
Apesar da elevação na recomendação da Loop, apenas 58% dos analistas acompanhados pela Bloomberg recomendam a compra das ações da Apple, a menor proporção entre as empresas do grupo Magnificent Seven, excluindo a Tesla.
Edison Lee, analista da Jefferies, alertou que “o momentum de vendas do iPhone 17 continua esfriando”. No início do mês, Lee rebaixou a recomendação da ação, argumentando que o entusiasmo por um possível iPhone dobrável está “exagerado”, já que o produto provavelmente teria um preço elevado e “canibalizaria” as vendas da versão Pro Max.