Agro brasileiro alcança novo patamar e redefine critérios de valorização

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O agronegócio brasileiro projeta movimentar R$ 2,9 trilhões até o fim de 2025, um montante que consolida a força do setor e sinaliza uma nova era em termos de valorização empresarial. A simples produtividade ou o volume de exportações já não são os únicos fatores determinantes para o sucesso. O mercado agora prioriza empresas que demonstram domínio na rastreabilidade da cadeia produtiva, oferecem assistência técnica qualificada, adaptam-se aos diversos biomas do país e operam com logística eficiente, mesmo em áreas remotas.

“As empresas mais valorizadas são as que conseguem mostrar solidez em toda a jornada, do campo à entrega, com processos rastreáveis, gestão técnica e conexão real com o território onde atuam”, afirma José Loschi, fundador da SRX Holdings.

Um exemplo dessa mudança é a recente aprovação do Projeto de Lei 2925/25, que exige a presença de profissionais especializados, como engenheiros agrônomos e veterinários, nas equipes de assistência técnica rural. A medida visa fortalecer a confiança nas operações do campo e elevar o padrão das empresas que investem em equipes técnicas estruturadas.

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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) destaca que o crescimento do setor não acompanhou a evolução da infraestrutura. A logística se tornou um dos fatores mais críticos para a competitividade, com custos que podem representar até 25% do valor final dos produtos agrícolas. O domínio do transporte e da armazenagem em regiões de difícil acesso confere uma vantagem estratégica considerável.

A capacidade de adaptação regional também se destaca como um diferencial. Empresas que ajustam suas operações aos diferentes biomas brasileiros – do Cerrado ao Sul, da Caatinga à Amazônia – otimizam a eficiência, reduzem o desperdício e promovem a sustentabilidade dos sistemas produtivos. A parceria com cooperativas locais e produtores regionais fortalece a legitimidade social e facilita o cumprimento das crescentes exigências ambientais e de rastreabilidade impostas por compradores internacionais.

Ao combinar eficiência técnica, presença local e transparência operacional, uma empresa do agro se estabelece como referência, indo além do papel de simples produtora. Este é o perfil de empresa que o mercado está disposto a valorizar.

Fonte: www.avisite.com.br

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