Al gore na cop30 critica arábia saudita e planos de arborização urbana
Belém, PA – A segunda semana da Conferência do Clima (COP30) em Belém é marcada pela chegada de ministros de Estado, que substituem os assessores técnicos responsáveis por rascunhar os acordos durante a primeira semana. As autoridades agora enfrentam o desafio de resolver os temas pendentes das negociações iniciais, incluindo o impasse sobre a nova meta de financiamento climático, que busca elevar o compromisso anterior de US$ 100 bilhões por ano para US$ 300 bilhões anuais.
No fim de semana, a AgriZone registrou um aumento significativo no número de visitantes, atraindo um público mais amplo além dos painelistas que frequentaram o local durante os dias úteis. O fluxo de visitantes aumentou ainda mais no domingo, após o fechamento da Green Zone, tornando a AgriZone o principal ponto de interesse aberto ao público na programação da Conferência.
Em um discurso no Congresso Alemão do Comércio, o chanceler alemão Friedrich Merz comentou sobre sua passagem por Belém. Ele afirmou que a Alemanha é “um dos países mais bonitos do mundo” e que os jornalistas alemães presentes na COP30 ficaram satisfeitos em retornar ao país. “Todos ficaram contentes por termos retornado, especialmente daquele lugar onde estávamos”, completou. Merz participou da Cúpula dos Líderes em Belém, onde também se encontrou com o presidente Lula.
Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos e figura proeminente no movimento ambientalista, está presente na COP30. Nesta segunda-feira, ele criticou a Arábia Saudita, acusando o país de obstruir ações na conferência. Em entrevista, Gore afirmou que a Arábia Saudita parece empenhada em proteger sua receita proveniente da venda de combustíveis fósseis, que ele considera a principal causa da crise climática.
Durante a COP30, o Brasil lançou um plano para expandir a arborização em áreas urbanas. A iniciativa, liderada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, propõe a criação de 360 mil hectares de áreas verdes em cidades até 2045, como parte dos esforços para combater as mudanças climáticas. O plano estabelece metas ambiciosas, como garantir que todos os bairros tenham pelo menos 30% de áreas verdes e que todos os moradores vivam a no máximo 300 metros de uma área verde.



