Banco central deve manter conduta para garantir segurança, afirma executivo
A recente liquidação do Banco Master não representa um risco sistêmico para o setor financeiro brasileiro. A avaliação é de Marco Castro, sócio-presidente da PwC no Brasil, que, durante um evento, enfatizou a importância da continuidade das ações do Banco Central (BC) para assegurar a estabilidade e a proteção dos participantes do mercado.
Em suas declarações, Castro ressaltou que a evolução tecnológica e as novas modalidades de risco inerentes ao sistema financeiro demandam uma postura proativa e adaptativa por parte do BC. “À medida que a tecnologia evolui, e os riscos se transformam, novas vulnerabilidades surgem”, comentou. Ele defendeu o fortalecimento contínuo da regulação e os ajustes necessários para manter a segurança do sistema. “O Banco Central deve continuar na frente, fazendo o que está fazendo. Apertando a regulação, ajustando quando é necessário. Isso é importante para todos nós, trazendo mais segurança para investidores, consumidores, correntistas e para todo o sistema bancário”.
O executivo destacou ainda a capacidade técnica e a agilidade do corpo técnico do Banco Central, fruto de um histórico de atuação em cenários de alta volatilidade e hiperinflação. Segundo ele, essa experiência confere à instituição a expertise necessária para tomar decisões rápidas e eficazes. “O Banco Central tem tudo muito controlado. Ele atua rapidamente, então tenho certeza que isso dá uma garantia ao sistema que o Brasil tem hoje”, afirmou Castro.
A liquidação extrajudicial do Banco Master, juntamente com outras instituições do grupo, foi decretada pelo Banco Central devido a uma “grave crise de liquidez” e ao “comprometimento significativo da sua situação econômico-financeira”. Em comunicado oficial, o BC também citou “graves violações às normas que regem a atividade das instituições integrantes” do Sistema Financeiro Nacional como justificativa para a medida.




