Bitcoin afunda com expectativas de corte de juros em declínio

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O mercado de criptomoedas enfrenta um momento de turbulência, com o Bitcoin liderando uma forte queda que o levou a romper a barreira dos US$ 87.000, um patamar não visto desde abril. A desvalorização ocorre em meio a uma reavaliação das perspectivas de um possível corte de juros ainda este ano, após a divulgação de dados sobre o mercado de trabalho.

O preço do Bitcoin atingiu o valor de US$ 86.520, representando um declínio diário de quase 3%. Essa queda amplia a perda semanal da principal criptomoeda para 13,5%. Desde o início de outubro, quando atingiu um pico histórico acima de US$ 126.000, o Bitcoin já desvalorizou 31%.

A turbulência no mercado resultou em um aumento significativo nas liquidações de posições. Nas últimas 24 horas, o valor total de liquidações em ativos cripto atingiu US$ 933 milhões. O Bitcoin encabeça a lista de perdas, com US$ 380 milhões em posições liquidadas, seguido pelo Ethereum, com US$ 239 milhões.

Ethereum e XRP também registraram perdas diárias expressivas, com quedas de aproximadamente 3%, cotados a US$ 2.827 e US$ 2,00, respectivamente. O Ethereum acumula uma perda de 15% na última semana, enquanto o XRP se aproxima de uma desvalorização de 18% no mesmo período.

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O desempenho negativo não se restringe ao mercado de criptomoedas. As ações também apresentaram queda, com o S&P 500 e o Nasdaq registrando perdas superiores a 1%.

O otimismo em relação a um possível corte de juros em dezembro diminuiu nos últimos dias. Analistas e investidores parecem menos confiantes em relação a novos cortes, contrariando declarações anteriores de autoridades.

De acordo com dados, apenas 37,6% dos investidores de juros esperam um corte de 25 pontos-base em dezembro, enquanto mais de 62% preveem que não haverá alterações. Há apenas uma semana, as probabilidades estavam praticamente equilibradas.

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O relatório de empregos dos EUA referente a setembro, divulgado após a reabertura do governo, revelou a criação de 119.000 empregos no mês. Embora o número seja considerado positivo, analistas avaliam que o relatório não oferece clareza aos investidores.

Uma economista destacou que o relatório de empregos de setembro apresenta um cenário misto, observando um aumento no número de pessoas procurando emprego, mas também um crescimento no número de desempregados.

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