Bitcoin: risco de queda abaixo de us$ 100 mil pode acabar, aponta banco

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O Bitcoin pode estar se aproximando de um ponto de inflexão crucial, sinalizando uma nova era para a criptomoeda. Analistas do banco Standard Chartered sugerem que, se determinados fatores se alinharem favoravelmente nesta semana, o Bitcoin pode nunca mais experimentar uma queda abaixo da marca de US$ 100 mil.

Um novo relatório do banco destaca que uma confluência de eventos macroeconômicos e geopolíticos está transformando o sentimento do mercado, impulsionando o apetite por risco e fortalecendo a posição do Bitcoin em relação ao ouro.

Entre os fatores-chave que contribuem para essa perspectiva otimista, destacam-se os avanços nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China. A expectativa de que o governo chinês adie os controles de exportação de terras raras e aumente as compras de soja americana, estabeleceu um clima de trégua, aliviando as preocupações que dominaram a semana anterior.

Os mercados responderam positivamente a esses desenvolvimentos. O índice que compara a capitalização de mercado do Bitcoin com a do ouro recuperou os níveis anteriores à liquidação de 10 de outubro, um período marcado pelo receio de novas tarifas americanas sobre produtos chineses, que desencadeou uma onda de vendas no mercado de criptomoedas. Segundo o relatório, caso essa relação ultrapasse novamente o nível de 30, poderá ser interpretado como um sinal claro de que o período de pânico já passou.

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O comportamento dos fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin também está sob rigorosa observação. O relatório aponta que houve uma saída de mais de US$ 2 bilhões de ETFs de ouro nos EUA entre a quarta e a sexta-feira da semana anterior. Se metade desse montante migrar para ETFs de Bitcoin até o meio desta semana, isso representaria um forte indício de revitalização da criptomoeda.

Contudo, a confirmação definitiva dessa tendência dependerá de um novo recorde histórico do Bitcoin. Atingir um novo pico desmantelaria a crença arraigada de que o ciclo de halving é o principal motor do preço, confirmando que o impacto dos ETFs superou a influência tradicional do halving, exigindo uma adaptação da dinâmica de mercado.

Além dos fatores externos, a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) também desempenha um papel crucial. A expectativa de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros pode impulsionar ainda mais ativos de risco, como o Bitcoin. A sucessão no comando do Federal Reserve também permanece no radar dos investidores, dada a importância de preservar a independência da instituição.

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Esta semana também será marcada pela divulgação dos resultados financeiros das gigantes de tecnologia dos EUA e de empresas do setor de criptomoedas. O desempenho desses balanços pode influenciar ainda mais o mercado.

Em resumo, se todos esses fatores se alinharem de forma favorável, o Bitcoin pode ter estabelecido um novo patamar, com um piso de US$ 100 mil.

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