Boletim do agronegócio: preços de carnes bovina e suína sinalizam elevação

O mercado brasileiro de carne bovina demonstra sinais de sustentação, impulsionado por um desempenho notável nas exportações. Em outubro, o país alcançou um novo recorde de embarques, e o volume total exportado nos dez primeiros meses de 2025 já corresponde a 96% do total registrado em 2024.
Paralelamente, o setor de exportação de animais vivos também apresentou um crescimento expressivo, atingindo a marca de 842 mil cabeças entre janeiro e outubro, representando um aumento de 12,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Especialistas apontam que este forte escoamento externo, combinado com uma oferta moderada de animais para abate no mercado interno, tem exercido influência no atacado, resultando em leves valorizações em diferentes categorias de carne.
No setor de suínos, tanto o preço do animal vivo quanto o da carne suína no mercado atacadista reagiram recentemente, interrompendo um período de estabilidade que durava cerca de seis semanas. Este movimento coincide com o aumento tradicional da demanda no início do mês.
Quanto ao mercado externo de carne suína, o Brasil exportou 142,7 mil toneladas em outubro. Apesar de representar uma queda de 5% em relação ao recorde de 150 mil toneladas alcançado em setembro de 2025, este volume é 10% superior ao registrado em outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses de 2025, os embarques de carne suína superaram 1,25 milhão de toneladas, um aumento de aproximadamente 13% em comparação com o mesmo período do ano anterior, estabelecendo um novo recorde para o período.
Em resumo, o cenário atual indica que as robustas exportações de carne bovina e suína continuam a aliviar a oferta doméstica, exercendo pressão para cima nos preços. A demanda internacional dinâmica favorece ambos os mercados, mesmo diante de uma oferta interna ajustada. No curto prazo, a tendência de firmeza nos preços deve persistir enquanto o escoamento externo se mantiver em níveis elevados.



