Brasil mantém rigoroso controle da qualidade dos combustíveis
A preocupação com a qualidade do combustível que abastece os veículos é uma constante para o motorista brasileiro. Combustível adulterado pode causar sérios danos ao motor e gerar prejuízos financeiros significativos. No entanto, existe um sistema de fiscalização e testes técnicos no Brasil que busca garantir que o combustível entregue ao consumidor corresponda ao que foi pago.
O controle de qualidade dos combustíveis é um processo contínuo que monitora as características químicas e físicas de produtos como gasolina, etanol e diesel. O principal objetivo é assegurar que esses combustíveis atendam às especificações técnicas estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esse monitoramento visa proteger o motor do veículo, garantir o desempenho prometido e minimizar a emissão de poluentes.
Este controle é realizado em diversas etapas da cadeia de distribuição, desde as refinarias e usinas, passando pelas bases de distribuição, até os postos revendedores. As análises laboratoriais avaliam pureza, densidade e cor, procurando identificar a presença de solventes proibidos ou excesso de água.
A fiscalização é uma responsabilidade compartilhada. As distribuidoras realizam testes antes de enviar o combustível aos postos. A ANP, através do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC), coleta amostras aleatórias em todo o país para análises complexas. Além disso, o consumidor e o posto revendedor também desempenham um papel crucial.
Para a gasolina, o “Teste da Proveta” é um método eficaz para verificar se a quantidade de etanol misturado está dentro do limite legal. Atualmente, a gasolina comum deve conter 30% de etanol, podendo chegar a 35% em casos específicos. No teste, uma amostra de combustível é misturada com água e sal em uma proveta. A separação entre a gasolina e a mistura de água e álcool indica a proporção de etanol presente.
Além da proveta, são utilizados o densímetro para checar a massa específica do etanol e da gasolina, e o termômetro, pois a temperatura pode alterar o volume do líquido.
O consumidor tem o direito de exigir o teste da proveta se desconfiar da qualidade do combustível. Os resultados dos testes de pista (aspecto, cor e densidade) são obtidos em poucos minutos. Análises mais detalhadas, como a detecção de metanol, exigem a coleta de amostras para análise laboratorial. Mais informações sobre os direitos do consumidor e detalhes técnicos podem ser encontradas no site da ANP.
