Carne vermelha: aliada da saúde feminina após os 40, aponta especialista

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O consumo de carne vermelha tem gerado debates acalorados nos últimos anos, oscilando entre a defesa de dietas vegetarianas e a valorização do papel da proteína animal na saúde humana. Uma nutricionista com mais de 18 anos de experiência, esclarece a importância da carne para o organismo, desmistifica crenças negativas e aborda o consumo consciente e a saúde da mulher.

Segundo a especialista, a proteína animal desempenha um papel crucial na nutrição humana, sendo indispensável para diversas funções vitais. Ela destaca que a proteína é essencial para a reparação de tecidos, pele, cabelo, unhas, massa muscular, produção de enzimas, neurotransmissores, hormônios e para o fortalecimento do sistema imunológico.

A nutricionista também enfatiza a diferença entre proteínas animais e vegetais. A proteína animal é considerada completa, pois contém todos os aminoácidos essenciais, nutrientes que o corpo não produz e precisa obter através da alimentação. Já a proteína vegetal, por outro lado, pode exigir combinações alimentares específicas para garantir a ingestão de todos os aminoácidos necessários e pode ter menor absorção devido à presença de certos compostos.

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A especialista explica que a visão negativa sobre a carne vermelha surgiu de estudos antigos que não diferenciavam os tipos de carne nem avaliavam populações saudáveis. Ela afirma que pesquisas atuais mostram que o consumo moderado de carne magra, até 500 gramas por semana, não apresenta riscos para doenças cardiovasculares, câncer ou inflamações.

A profissional defende a variedade no consumo semanal de diferentes tipos de carne para garantir a ingestão de todos os nutrientes necessários. Ela ressalta que a carne bovina é rica em ferro de alta absorção, creatina e nutrientes importantes para a imunidade e energia. Já a carne suína e o frango, quando consumidos em cortes mais magros, são boas fontes de zinco, importante para a saúde da pele, unhas, cabelo e produção hormonal. Por fim, os peixes gordurosos, como salmão, sardinha e atum, são ricos em ômega-3, fundamental para as funções cognitivas e ação anti-inflamatória.

A nutricionista destaca que a proteína se torna ainda mais importante para a saúde da mulher após os 40 anos, devido à perda natural de massa muscular (sarcopenia). Ela recomenda o consumo de 25 a 35 gramas de proteína por refeição, o equivalente a 100–150 gramas de carne, frango ou peixe, para auxiliar na construção muscular, acelerar o metabolismo e aumentar a saciedade, contribuindo para a manutenção do peso.

A profissional explica que a proteína tem efeito termogênico, ou seja, gasta mais calorias na digestão, e ajuda a controlar os níveis de glicemia e insulina. Ela recomenda incluir proteína em praticamente todas as refeições para promover a saciedade prolongada e auxiliar no emagrecimento e no ganho de massa muscular.

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No que diz respeito à sustentabilidade, a nutricionista enfatiza que não significa eliminar a carne da dieta, mas sim consumir de forma ética e sem desperdício. Ela reforça a importância de priorizar carnes de animais criados a pasto, evitar o consumo de ultraprocessados e aproveitar o alimento de forma integral. Segundo ela, um consumo equilibrado de carne, aliado a vegetais, legumes e grãos, garante uma dieta saudável, completa e sustentável.

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