Chuva de granizo surpreende ponta grossa e causa estragos
A Defesa Civil está em ação em Ponta Grossa, respondendo a diversos chamados após uma forte tempestade de granizo que atingiu a cidade e colocou o Paraná em estado de alerta para tempestades severas, com risco de mais transtornos para os moradores.
Na tarde da última segunda-feira (24), Ponta Grossa, nos Campos Gerais, foi palco de um evento climático atípico. Uma intensa chuva de granizo atingiu vários bairros, mudando a paisagem urbana e dando a impressão de uma nevasca. O fenômeno, que teve início por volta das 17h45, durou apenas alguns minutos, mas foi suficiente para cobrir ruas, calçadas e telhados com gelo.
Imagens compartilhadas online mostraram espessas camadas de granizo acumuladas em quintais, jardins e áreas de vegetação, formando montes brancos. Uvaranas foi um dos bairros mais atingidos, com a movimentação de pessoas interrompida pela intensidade da chuva.
Além do impacto visual, danos foram registrados em vários pontos da cidade. Residências tiveram infiltrações, telhados foram danificados pelas pedras e um supermercado teve a cobertura parcialmente comprometida, com relatos de água entrando no local. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estão distribuindo lonas e atendendo emergências, principalmente relacionadas a destelhamentos e danos estruturais.
Após o início da tempestade, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu um alerta vermelho para o Paraná, classificando a situação como de perigo extremo. A previsão indicava chuva superior a 60 mm/h ou acumulado acima de 100 mm, ventos intensos e possibilidade de graves danos estruturais. O alerta permanece válido até esta terça-feira (25).
A Defesa Civil estadual reforçou as orientações para que a população evite áreas alagadas, procure abrigo seguro e fique atenta a riscos como quedas de árvores, curtos-circuitos e alagamentos repentinos. Ainda não há dados oficiais sobre o número de famílias afetadas ou o volume total de chuva registrado.
Especialistas explicam que o fenômeno foi intensificado pela interação entre o ar tropical quente e um centro de baixa pressão em São Paulo, que facilitou a formação de nuvens carregadas e tempestades. A previsão é que esse sistema evolua para um ciclone próximo à costa, o que pode manter o tempo instável nos próximos dias.
Vale ressaltar que, somente neste mês, 32 estações meteorológicas do Paraná já registraram a média histórica de chuva para novembro, indicando que o solo está saturado e menos capaz de absorver novas precipitações.
Fonte: www.tempo.com
