Chuva retorna ao sul e traz alívio para a agricultura
Após um período de tempo seco e ensolarado, uma nova frente fria promete mudar o cenário climático no Sul do Brasil a partir deste fim de semana. A expectativa é de que a chuva avance pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, oeste e sul do Paraná, e sul do Mato Grosso do Sul, trazendo alívio para as lavouras.
As estimativas indicam volumes significativos de precipitação em algumas áreas. Foz do Iguaçu (PR) e Ponta Porã (MS) podem registrar cerca de 40 milímetros de chuva, enquanto Chapecó (SC) e São Luiz Gonzaga (RS) devem receber aproximadamente 30 milímetros.
Até a terça-feira, a frente fria deverá alcançar São Paulo, sul de Minas Gerais, sudoeste de Goiás e oeste de Mato Grosso. Embora o acumulado de chuva previsto para essas regiões seja mais modesto, entre 10mm e 25mm, ele ainda é considerado importante para o desenvolvimento agrícola.
O padrão de avanço frequente das frentes frias deve impedir que o calor se intensifique. Embora as temperaturas possam subir temporariamente em São Paulo no próximo fim de semana, uma nova queda é esperada a partir de terça-feira.
Enquanto isso, no Matopiba, a chuva tem sido irregular. Apesar de ter alcançado a região, a umidade do solo ainda não atingiu níveis ideais para o desenvolvimento agrícola em algumas áreas na divisa entre Maranhão e Tocantins, no sudoeste do Piauí e no oeste da Bahia. Por outro lado, a umidade do solo está favorável ao desenvolvimento agrícola na região Sul e no norte e oeste de Mato Grosso.
No oeste de São Paulo, nordeste de Mato Grosso do Sul e sul de Mato Grosso, a umidade do solo está baixa, mas, segundo dados da Conab, isso não impede o desenvolvimento da soja até o momento.
O plantio da primeira safra de milho alcançou pouco mais de 33% da área projetada até 18 de outubro, um patamar semelhante ao registrado no mesmo período do ano passado e na média dos últimos cinco anos. O plantio de soja alcançou quase 22% da área, estando mais adiantado do que no ano passado, mas ainda abaixo da média dos últimos cinco anos.
As simulações para o mês de novembro apontam para uma combinação entre o início da influência do fenômeno La Niña e um padrão semelhante aos meses anteriores, com chuvas mais frequentes no Sul. Espera-se que Santa Catarina e Paraná recebam mais chuva do que o normal em novembro, o que é atípico para um período de La Niña. No Matopiba, com exceção de chuvas mais intensas no oeste da Bahia no início e no fim de novembro, a maior parte da região deverá receber menos chuva do que o normal. O Sudeste e o Centro-Oeste devem se beneficiar desse padrão, com frentes frias mais ativas sobre as duas regiões ao longo do próximo mês.
